8 de setembro de 2009

2009/10 - 04J: Olhanense - Académica - memória

Os caminhos de Académica e Olhanense já não se cruzam desde 5 de Abril de 1992, altura em que os dois emblemas disputavam a então denominada II Divisão de Honra. Mas isso não significa que os dois emblemas sejam indiferentes um ao outro. Bem pelo contrário. Na temporada de 1972/1973, conimbricenses e algarvios foram, respectivamente, campeões da Zona Norte e Zona Sul do escalão secundário, ganhando não só o direito a subir de divisão como a disputar a final da referida competição para apuramento do campeão.

Assim sendo, a 3 de Junho de 1973, no Estádio do Bonfim, em Setúbal, os dois mediram forças e a equipa capitaneada por Vasco Gervásio (recentemente falecido) bateu a turma de Olhão por uma bola a zero, com o único golo da partida a surgir por Manuel António, aos 81 minutos, que bateu o guarda-redes Barroca.

O goleador dos estudantes - foi o "artilheiro" prova nesse ano, depois de também ter sido o melhor marcado em 1969 na I Divisão -, lembra. "Não foi um jogo propriamente fácil. Custou foi muito a chegar ao golo. Lembro-me de ter marcado perto do fim", recorda o agora médico a O JOGO.

Briosa goleada no Algarve

Mas não só de boas memórias para a Académica se fazem os duelos com o Olhanense. É que o pior resultado de sempre (leia-se goleada sofrida) dos estudantes foi, precisamente, em Olhão. No Campo Padinha, a 2 de Julho de 1947, o Olhanense, então comandado por Desidério Herczka aplicou 12-0 à equipa de Coimbra que, ao intervalo, já perdia por sete golos sem resposta, num jogo em que a Briosa acabou reduzida a dez unidades por lesão do guarda-redes Manecas (substituído pelo jogador de campo António Maria).

Foi uma tarde em cheio para a formação algarvia, que viu a dúzia de golos ser repartida por quatro jogadores: Palmeiro e Soares apontaram quatro cada um, Soares, enquanto Moreira e Eminêncio bisaram.

Curiosamente, a Académica nunca foi feliz nos jogos em Olhão. Em 19 encontros entre 1942 e 1992 empatou por seis vezes e perdeu por 13 ocasiões. Um cenário que Rogério Gonçalves quer rectificar, até porque os academistas continuam sem ganhar na Liga Sagres.

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