10 de outubro de 2009

2009/2010 - Taça da Liga - Académica 0-0 Beira Mar: Crónica

Desilusão. Nem com cinco alterações no onze - Rui Nereu e Hélder Cabral em estreia - e outro treinador, neste caso interino, houve qualquer sinal de melhoria nesta Briosa. Desta feita frente a uma equipa de um escalão inferior os problemas voltaram a repetir-se e a tradição cumpriu-se: a Académica nunca ganha no primeiro jogo da Taça da Liga.
O Beira Mar entrou mais rematador, com Yartey, avançado ganês emprestado à turma de Aveiro pelo Benfica, a mostrar-se empreendedor nesse aspecto. Já a Académica, a despeito de dominar o jogo, mostrava fraca ligação entre sectores e pouca inspiração no ataque. Mesmo com o recuo aveirense, os estudantes acusavam a falta de alguém capaz de transportar a bola - Miguel Pedro juntava-se ao trio da frente quando a equipa atacava, formando-se um estranho 4x2x4 - e os avançados eram facilmente anulados pela defesa forasteira.
Se, para o Beira Mar, o resultado servia perfeitamente, para a Académica era manifestamente pouco aquilo que estava a mostrar e logo num jogo de grandes responsabilidade tendo em conta a oportunidade para a reabilitação da equipa e, simultaneamente, a estreia de Zé Nando em escalões profissionais.
O técnico interino dos estudantes mexeu ao intervalo, com a aposta no jovem Éder em detrimento de Miguel Fidalgo. Na prática, ficou tudo na mesma. Em termos de jogo jogado assistiu-se, contudo, a uma melhoria. A Académica reforçou o cerco à baliza aveirense, mostrou melhor entendimento e um pouco mais de intensidade.
O primeiro aviso chegou por parte do recém-entrado Éder mas Palatsi fez uma defesa extraordinária para canto. Seguiu-se uma combinação entre Sougou e Lito que não deu golo por pouco mas o gás acabou cedo. A defesa da casa também revelava fragilidades - a falta que faz Luiz Nunes! - e o Beira Mar não se coibia de tentar aproveitá-las. Aliás, nos últimos minutos, quando se esperava o tudo por tudo dos estudantes acabou por ser o a equipa de Aveiro a dispor da melhores oportunidades, com destaque para uma tentativa de chapéu de Yartey, de longe o jogador que teve mais vezes o golo nos pés.
Num esforço final, Palatsi voltou a arrojar-se ao relvado para defender um livre de Orlando mas os forasteiros responderam da mesma forma. E quem foi o último a levar perigo à baliza de Nereu? Claro, Yartey.
O pano correu pouco depois sobre a partida, com um remate de Lito, às malhas laterais. Era o canto do cisne para a Briosa. Dentro de pouco mais de uma semana, há jogo para a Taça de Portugal, com o Portimonense, resta saber se, até lá, os responsáveis do clube continuarão a fazer confiança em Zé Nando ou haverá novo treinador em Coimbra.

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