15 de novembro de 2009

Académica vai recorrer para o CJ da eliminação da Taça da Liga

A Académica não se conforma com a eliminação da Taça da Liga pelo critério da média de idades, pois considera que os regulamentos não esclarecem a fórmula a utilizar, nem a forma como o Portimonense foi considerado vencedor do grupo. Mas mais: o clube de Coimbra denuncia a falta de esclarecimentos por parte da Liga e acusa o órgão presidido por Hermínio Loureiro de não estar a servir os interesses dos clubes. Sendo assim, só há uma solução: substituir os seus actuais dirigentes.

«Não está [a Liga] a trabalhar como entidade organizadora do futebol português, faz o que faz, ao sabor do vento, à deriva. Esta Liga não serve. As pessoas não sabem o que estão fazer. Se é assim, o melhor é haver eleições o mais rapidamente possível, substituir as pessoas por outras competentes», acusa o presidente da Académica, José Eduardo Simões.

O dirigente afirma que os estudantes, prevendo este imbróglio, tentaram saber «como deveria ser calculado o coeficiente da média etária», para o caso de um empate pontual, mas, mesmo antes do encontro final, com o Portimonense, ninguém se mostrou disponível para prestar esclarecimentos: «Vem dar-nos razão acerca do mau funcionamento da Liga. Na semana do jogo, pedimos esclarecimentos ao director-executivo adjunto, que substitui Andreia Couto, mas recusaram-se a responder-nos por escrito. Nós entendemos que a média deve ser calculada jogo a jogo, mas a Liga recusou-se a prestar qualquer esclarecimento.»

Villas Boas deixou jovens no banco

André Villas Boas, por seu lado, tentou demonstrar que, à falta de indicações claras e precisas nos regulamentos, há diversas interpretações: «Deve-se considerar a data ou apenas o ano de nascimento? E quem está a meio? A idade do jogador é a do início ou fim competição? O Beira Mar também poderia ser beneficiado porque jogou mais cedo. Se não vem escrito, há várias formas de entendimento. A Liga teve duas, nós uma, o Portimonense outra, e pode haver ainda mais.»

O jovem técnico revela ainda que tomou determinadas decisões devido à forma como interpretou as regras, sendo induzido em erro: «Tomei opções no jogo, principalmente com o Tiero [28 anos], porque sabia que dentro da minha concepção podia passar à próxima fase, mesmo com ele, quando deixei um jogador de 24 anos no banco [Jonathan Bru, mas também Emídio Rafael, com 23 anos, não foi utilizado]. As regras não podem ser definidas à posteriori. Considero-me ainda apurado e disse-o aos jogadores.»

Perante os factos expostos, a Académica decidiu fazer apelo ao Conselho de Justiça, tendo sete dias após o último encontro - na quinta-feira, dia em que se jogaram os últimos 40 minutos da partida com o Portimonense - para apresentar o recurso.

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