26 de janeiro de 2010

A segunda vida de Diogo Gomes

O início de Novembro não foi o mais famoso para Diogo Gomes. O brasileiro, que ficava, frequentemente, fora das opções na Académica, foi interceptado por uma brigada da GNR quando conduzia com uma taxa de alcoolemia superior ao permitido por lei, dias antes da recepção ao Vitória de Guimarães para a Liga Sagres, primeiro jogo de André Villas-Boas como treinador da Briosa. Resultado do incidente: o médio ficou sem carta de condução durante quatro meses, não tendo, igualmente, escapado à alçada disciplinar do emblema estudantil. Nada que não estivesse à espera.

O erro podia ter custado caro ao camisola 85 da Briosa, mas o médio brasileiro não desistiu perante tal adversidade. E a aplicação a partir daí foi proporcional ao arrependimento, estando hoje grato "à Direcção da Académica e ao treinador pela oportunidade" que lhe foi dada. Com a lição aprendida, Diogo Gomes está agora a voltar a despontar e a mostrar por que razão Domingos Paciência o foi buscar no Verão de 2008 ao Corinthians Paranaense.

As exibições na Taça da Liga - na Liga Sagres tem sido regularmente suplente utilizado - têm mostrado que o centrocampista está no bom caminho, tendo, inclusivamente, sido um dos melhores na decisiva vitória, em Matosinhos, sobre o Leixões, que qualificou a Académica para as meias-finais. "Correu-me bem o jogo. Não só a mim como à equipa. Acima de tudo, foi bom termos vencido", conta o futebolista a O JOGO. A única nota negativa foi mesmo a expulsão, por acumulação de cartões amarelos, mas nem isso estragou a satisfação do jovem jogador.

"Sem oportunidades" com Rogério Gonçalves, Diogo Gomes não esquece que tudo mudou com a chegada de Villas-Boas, de tal modo que, em final de contrato, não coloca de parte a possibilidade de renovar: "Por mim, continuo em Coimbra. Gosto de aqui estar, tenho vários amigos no clube. Fico feliz se continuar".

Foi jogador do FC Porto B mas acusou a mudança

A Académica não foi o primeiro clube de Diogo Gomes, em Portugal. Em 2003/2004, o brasileiro cesteve no FC Porto, tendo alinhado na extinta equipa B. Os primeiros tempos em terras lusas não foram fáceis, sobretudo porque, ao contrário do brasileiro, "o povo português é mais frio" e "não foi fácil fazer amizades". A fase de adaptação já está perfeitamente superada, como admitiu Diogo, que disse a O JOGO ser "muito caseiro" e um "fã" do Pro Evolution Soccer 2010.

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