Taça da Liga - 3ª Fase - 03J - Leixões 0-1 Académica: Crónica

Não fora a agressividade sadia de um ataque permanentemente animado por Diogo Gomes, Sougou e João Ribeiro, a Académica pouco mais teria feito para chegar às meias-finais da Carlsberg Cup do que ver o Leixões afundar-se sozinho no Mar. Nem se pode dizer que tenha mudado alguma coisa quando, aos 53', isso deixou de ser possível, porque o FC Porto se adiantou no Estoril e a vitória passou a ser obrigatória - para ambos, embora, na prática, só os visitantes se pudessem dar ao luxo de pensar nisso. Até nessa altura foi a aflição do Leixões que decidiu tudo, num penálti de Nuno Silva sobre Vouho que Sougou converteu na vitória. O erro do capitão é compreensível, atendendo à velocidade que a Académica imprimia ao ataque e ao permanente sobressalto do meio-campo leixonense, que José Mota passou o jogo a mudar, num quebra-cabeças sem solução. Começou tudo com a lesão do lateral-esquerdo Gallo, com nove minutos jogados. Hugo Morais recuou para a defesa, Sony entrou para apoiar o ataque, e Seabra recuou para ajudar o trinco, Trombetta. Sem Fernando Alexandre, lesionado, o Leixões perde o equilíbrio que procurou durante a primeira volta do campeonato e que encontrou nele. Depois de Trombetta, foram Cauê e Paulo Tavares - sempre com o notável sacrifício de Seabra e Morais - a passar pelo lugar, sem sucesso perante Paulo Sérgio e companhia, que anularam Fábio Espinho e assistiram, imperturbáveis, àquele doentio carrossel leixonense, para desespero de Mota - não podia adaptar mais.