23 de janeiro de 2010

Villas Boas, o Leixões e o mercado

André Villas Boas quer aliar à passagem às meias-finais da Taça da Liga a primeira vitória fora dos estudantes esta época. São dois objectivos que estão no horizonte da equipa, o segundo, diga-se, há já algum tempo. Agora, é possível «casá-los» de uma vez.
«Era extremamente gratificante conseguir atingir esse objectivo, fruto de um trabalho bom que temos realizado. Infelizmente ainda não conseguimos ganhar fora, dai que seria importante uma vitória fora e seguir em frente na Taça da Liga. Espero que a dedicação e esforço sejam consentâneos com esse sonho. Para isso, será preciso rendimento e concentração ao máximo e pensar que poucas oportunidades surgem como esta», analisa o jovem técnico.
Os três pontos são a meta para o jogo com o Leixões, em Matosinhos, este domingo, porque os estudantes não querem voltar a fazer contas, embora o factor de desempate pela média de idades esteja bem presente na mente do treinador. «Não me posso preocupar com o resultado do Estoril-F.C. Porto. Para nós, o melhor é ganhar. Todos os outros resultados deixam-nos condicionados aos regulamentos. Em caso de empate, entram todos os grupos e uma série de factores. A forma mais fácil de perceber isto é: a vitória garante qualificação, daí que queiramos concentramo-nos nesse objectivo.»
Apesar de se tratar de um jogo decisivo e de a equipa ter tido desta feita uma semana para o preparar, André Villas Boas não abdica da rotatividade que elegeu para esta prova. «O objectivo é sempre a vitória mas os nossos fundamentos também se mantêm porque me interessa perceber quem pode ameaçar quem, quem tem direito a jogar e a que nível estão os jogadores que podem destronar os habituais titulares», considera o técnico, ciente de que terá de enfrentar um «campo extremamente difícil e em más condições», que levou o plantel a «massacrar» o relvado da academia numa tentativa de recriar as circunstâncias expectáveis no domingo.
Avançado não é prioridade
Enquanto decide qual o guarda-redes que utilizará - Rui Nereu está castigado e Ricardo só voltou recentemente de lesão, sobrando o guardião do Tourizense, Barroca - , Villas Boas volta a dar algumas indicações em termos de mercado. Basicamente, a Académica ainda pode reforçar-se mas só depois de dispensar alguém e dentro de certos limites.
«Continuo a ter 28 jogadores e o mercado não está fácil. Há adaptações no plantel que posso fazer para incluir novos elementos mas, para acrescentar, tem que ser um jogador que traga muita qualidade e garantias. Temos alvos preferências definido, uns mais ao nosso alcance, outros menos, à mínima oportunidade iremos ao mercado desde que tenhamos disponibilidade, porque temos um orçamento a limitar-nos. Neste momento, a Académica é a única que não se reforçou e não vou ao mercado só pela desculpa de não deixar passar a oportunidade ou porque outros também foram», sublinhou.
Em termos de posições, o técnico explicou ainda que não está interessado num ponta-de-lança, pois tem quatro no plantel, embora um (Éder) lesionado. Ainda em termos de mercado, assinale-se que o extremo João Traquina, que terminou o período de empréstimo ao Estoril a meio da época por não jogar, acabou por rescindir com a Académica para rumar ao Tourizense, equipa satélite da Briosa.

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