29 de março de 2010

2009/10 - 24J - V. Guimarães 1-0 Académica: Destaques

Rui Miguel, decisivo
Pontapé fulminante, decisivo, pleno de raiva e convicção. Decisivo, pois, em apenas 23 minutos em campo. Uma boa razão para ser o melhor em campo.
Markus Berger, austeridade estudantil
Rudeza austríaca. Austeridade na abordagem a todos os lances, sem dó nem piedade pelo opositor. Regularidade exemplar, certeza no corte e no passe. Frio, letal pelos ares, elemento influentíssimo na estabilidade defensiva da Académica. Ostracizado pelos antecessores de Villas Boas, reabilitado pelo actual técnico. Defesa central competente, de confiança, extremamente estável. Sempre muito confortável no confronto com Roberto.
Nuno Assis, lição de 30 minutos
Não foi a mais prodigiosa das noites de Assis, é certo. Mas uma noite menos inspirada deste talento é, em qualquer altura, suficiente para superar a exibição da esmagadora maioria dos restantes. Bem bloqueado na primeira hora de jogo, solto e irreverente nos últimos 30 minutos. Assumiu a responsabilidade, procurou a bola, esbateu espaços e muralhas, aproveitou um erro de Nereu e quase marcava. Um jogo menos bom de Assis coloca-o, ainda assim, em destaque.
Valdomiro e Lazzaretti, a confirmação
O Vitória não teve a dinâmica do costume da frente, mas não abanou atrás. Valdomiro e Lazzaretti confirmam, jogo após jogo, ser uma das melhores duplas de centrais no campeonato. Boa reacção a uma toada de jogo adequada ao contra-ataque da Académica. Muitas «dobras» e atenção constante destes defesas brasileiros. Não foi por eles que o Guimarães teve uma noite menos positiva.
Paulo Sérgio, utilitário de confiança
Complemento útil aos dois centrais da Briosa. Relação distante com a bola: um ou dois toques, no máximo, entrega simples e segura. Não arrisca a sair a jogar, muito menos o passe longo. Prefere os processos primários e a cultura altruísta. Certinho na marcação ao irrequieto Nuno Assis, apesar de ultrapassado num par de vezes. Boa estampa física e leitura táctica acertada. Em resumo, muito útil.
João Ribeiro, montanha russa de talento
Ao primeiro toque na bola percebe-se o essencial: tem muito futebol nos pés, para dar e vender. Venenoso no contra-golpe, rápido e habilidoso. Vítima do mau serviço fornecido pelos colegas mais recuados. Demasiado intermitente, embora revele pormenores de encanto. Nota artística de muitos altos e alguns baixos também. Produto nacional de inegável qualidade.
Rui Nereu, erros atrás de erros
Fraquinho. Inseguro do princípio ao fim, principalmente na hora de socar a bola. Dois erros gravíssimos: fez-se muito mal ao lance no único golo da partida e, um pouco antes, colocou a bola nos pés de Nuno Assis.

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