Barroca está lesionado

O guarda-redes academista, que ainda não foi utilizado nesta temporada em jogos oficiais, contraiu uma lesão no tornozelo do pé direito no último treino antes da deslocação ao reduto do Beira-Mar e vai ser hoje reavaliado pelo departamento médico da Académica. O jovem academista deverá ficar fora dos relvados nos próximos dias, restando saber qual a gravidade da lesão.

2010/11 - 03J - Beira Mar 2 - Académica - 1: Estatísticas

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2010/11 - 03J - Beira Mar 2 - Académica - 1: Os Golos

2010/11 - 03J - Beira Mar 2 - Académica 1: Ficha de jogo

Beira Mar 2 - Académica 1

Liga Zon Sagres - 3ª Jornada

 Estádio Municipal de Aveiro 

29-08-2010 - 16h

Beira Mar: Rui Rego, Pedro Moreira, Kanu, Hugo, Renan, Djamal, Rui Sampaio, Artur (Leandro Tatu 70'), João Luiz, Wilson Eduardo (Yohan Tavares 76'), Rui Varela (Ronny 81').

Suplentes: Bruno Conceição, Luis Tinoco, Danilo, Sérgio Oliveira

Treinador: Luis Jardim 

Académica: Peiser, Pedrinho, Orlando, Berger, Addy, Nuno Coelho, Diogo Melo (Bischoff 63'), Diogo Gomes (júnior Paraíba (63'), Diogo Valente, Sougou, Miguel Fidalgo (Éder 63').

Suplentes: Ricardo, Pedro Costa, Hugo Morais, Laionel.

Treinador: Jorge Costa

Ao intervalo 1-0

Marcadores: 1-0 Wilson Eduardo 48', 1-1 Sougou 60', 2-1 Djamal 70'

Árbitro: Luis Catita (AF Évora)

Acção Disciplinar: Cartão Amarelo: Sougou 37'

Espectadores: +/-4000

Crónica

O Beira Mar tinha um problema: jogava bem, praticava mesmo um futebol a espaços entusiasmante, mas depois faltava-lhe algo, talvez experiência, matreirice, para traduzir em golos, logo em resultados, aquilo que conseguia fazer em campo. Neste domingo, tudo ficou ultrapassado e os aurinegros somaram os primeiros três pontos na presente edição da Liga.

Com jogadores muito interessantes, como Djamal, Artur mas sobretudo Wilson Eduardo, os aveirenses demonstravam um considerável potencial atacante, principalmente quando podiam fazer uso da velocidade, e, até ao remate vitorioso, foi só uma questão de tempo. Peiser ainda retardou o inevitável, com uma defesa por instinto a cabeceamento de Djamal, o mesmo jogador que já antes havia estado perto do golo. Mas também João Luiz, se não tivesse adianto em demasia a bola num lance em que partiu isolado, poderia ter sossegado os adeptos mais cedo.

A Académica, depois de dois jogos que prometeram, principalmente o primeiro na Luz, mostrava muito pouco quando tinha a bola e pode ainda queixar-se da inoperância dos seus avançados. Tanto Diogo Valente, como Miguel Fidalgo ou ainda Sougou tiveram boas ocasiões nos pés mas deram um toque a mais ou mostraram pouca convicção na altura de rematar. Além disso, a equipa revelava desconcentração em alguns momentos, com poucas ideias no ataque e permissiva a defender.

O golo do Beira Mar acabou, em suma, por chegar tarde mas perfeitamente a tempo de fazer justiça àquilo que se passou nos primeiro 45 minutos. O passe de João Luiz, a isolar Artur sobre a esquerda, é meio caminho andado para um chapéu ao qual Wilson Eduardo deu o acabamento final. Em cima do intervalo, os comandados de Leonardo Jardim conseguiam uma preciosa vantagem para gerir, com tranquilidade, na segunda metade do jogo.

Parada e resposta
Os aveirenses terão cometido o erro deixar o adversário avançar demasiado, mal se deu o reatamento. A Académica não se fez rogada, aproveitou os espaços concedidos, e ameaçou até ao empate por Sougou. Jorge Costa, antes do golo, tinha três substituições preparadas e não mudou de ideias, dando claramente um indicador de que queria dar a volta completa ao marcador. Ficou a intenção.

O Beira Mar não se inibiu e lançou-se no ataque. Num lance de bola parada, Djamal, numa recarga, voltou a colocar os da casa na frente do marcador. De novo em vantagem, desta feita os comandados de Leonardo Jardim não tiraram o pé do acelerador perante uma Académica que voltou à letargia da primeira parte. Vitória justa e sem contestação.

Destaques

Wilson Eduardo
O golo que marcou não foi mais do que um justo prémio por tudo aquilo que fez no ataque beira-marense. Exímio a jogar entre o central e o lateral-esquerdo, deu água pela barba a Orlando mas sobretudo a Addy, com muita velocidade e capacidade técnica. Perdeu preponderância na segunda parte, razão pela qual foi substituído por Yohan Tavares. O jovem avançado emprestado pelo Sporting já começa a mostrar que quer voltar, rapidamente, à casa-mãe.

Djamal
Surpreendente este médio de origem líbia, capaz de segurar a equipa mas também muito forte no jogo aéreo. Dispôs de um par de oportunidades, sempre a partir de lances nas alturas, para atirar a contar, impressionando pela capacidade física. Mas quando resolveu passar das intenções aos actos foi o que se viu: uma recarga vitoriosa para garantir os primeiros três pontos da equipa.

Rui Varela
Surgiu muito rematador e colocou Peiser à prova por diversas, mostrando ainda grande à-vontade a movimentar-se no último terço do terreno. Parceiro perfeito para Wilson Eduardo, soube também vir buscar jogo atrás, para aveludar as jogadas.

Sougou
Estreou-se em matéria de golos esta época, ele que até foi o melhor marcador da equipa na última temporada. Não se deu muito pelo senegalês, com excepção de um remate a defesa fácil de Rego na primeira parte, mas quando foi preciso responder afirmativamente, na zona do ponta-de-lança, não perdoou.

Peiser
Fartou-se de defender, porque o Beira Mar e a permissividade da defesa da Briosa assim o exigiram, mas correspondeu quase sempre bem. Não teve hipótese nos golos e evitou mais alguns, sempre com grande concentração e rapidez de reflexos.

Nuno Coelho
Comandou, como habitualmente, o meio-campo da Briosa mas foi noutras funções que se destacou: com o trabalho a que a defesa estudantil foi sujeita, acabou por ter de servir de «pronto socorro» por várias vezes, com dobras providenciais aos colegas, mormente na primeira parte, quando o Beira carregou.

Opiniões

Leonardo Jardim:
«Estou extremamente satisfeito com a vitória. Conseguimos aliar os três pontos a uma exibição bastante conseguida, e vencemos a Académica que é uma equipa bastante forte. Na primeira parte, dominámos a partida, criámos muitas oportunidades, mas não conseguimos finalizar. Na segunda, não entrámos tão fortes como desejávamos, mas reagimos muito bem depois de sofrer o golo do empate, e fomos premiados por isso. Penso que justificámos a vitória frente a uma equipa com muito valor. Quatro pontos em três jogos, com uma ida ao Dragão, é muito bom. A equipa começa a acreditar nas suas capacidades.»

Jorge Costa:
«Essencialmente tivemos falta de ideias. Melhorámos nos últimos 15 minutos mas acabámos por sofrer um golo. Na segunda parte, voltámos bem, conseguimos equilibrar, estivemos por cima, e empatámos, mas acabámos por sofrer outro golo, agora de bola parada. Esta não foi a Académica que eu quero. Sabíamos que íamos perder, mais cedo ou mais tarde, mas este não era o local nem o momento ideal para isso. Com as substituições, o objectivo era equilibrar o meio-campo, dar-lhe mais força e dinâmica, mas isso não foi muito conseguido. Não fomos uma equipa muito organizada durante o jogo.»

 
Sougou:
«Hoje, antes do jogo, estávamos confiante porque vinhamos de uma boa semana de trabalho mas infelizmente as coisas não nos saíram bem. Entrámos mal, demorámos a juntar as linhas e sofremos o golo numa altura complicada, antes do intervalo. Foi um jogo para esquecer, uma exibição para não repetir. Tudo nos correu mal. É mais difícil correr atrás de resultado do que ter tudo na mão. Agora, vamos levantar a cabeça e trabalhar, porque acreditámos no nosso grupo e sabemos que podemos fazer melhor.» 

Lances Chave

5' Wilson Eduardo remata forte e obriga Peiser a defender para canto.


11' Diogo Valente desfere pontapé à meia-volta que encontra Rui Rego no caminho.

26' Wilson Eduardo ganha no meio-campo e galga terreno, lançando João Luiz na cara de Peiser. O médio aveirense deu um toque a mais e permitiu a "mancha" a Peiser.


37' Djamal, de cabeça, proporciona defesa da tarde a Peiser.


45+3' [1-0] Artur, em contra-ataque na esquerda, ganha em velocidade à defesa da Briosa, pica por cima de Peiser e, ao segundo poste, Wilson Eduardo só encosta.


59' [1-1] Sougou encontra espaço na área para rematar uma bola que a defesa da casa ficou a ver jogar.


70' [2-1] Djamal faz golo.

Minuto a minuto

    90'     FINAL DO JOGO! Beira Mar - 2 Académica - 1. vitória justa e sem contestação do Beira Mar, que somou assim os primeiro três pontos na Liga!

    90'      Mais três minutos...
    90'     Até Peiser vai para a área agora!!!

    83'     E logo na primeira jogada, Ronny obriga Peiser a grande defesa!!!
    81'     SUBSTITUIÇÃO Beira Mar . Sai Rui Varela entra Ronny, um dos mais recentes reforços aveirenses, em tarde de estreia.

    76'     SUBSTITUIÇÃO Beira Mar . Sai Wilson Eduardo entra Yohan Tavares
    76'     Remate de longe de Rui Varela, Peiser defende a dois tempos!
    73'     Cabeceamento de Paraíba num canto, a bola não passou longe do alvo!!
    70'     SUBSTITUIÇÃO Beira Mar . Sai Artur entra Leandro Tatu
    69'     GOOOOOOOLLLLLOOOOOOO!!! BEIRA MAR ! 2-1 por Djamal. Livre de Artur, Peiser ainda defende um primeiro cabeceamento, mas, na recarga, o líbio faz o golo!!!

    67'     Peiser segura facilmente um remate de Wilson Eduardo.
    65'     Jorge Costa mantém as substituições apesar de ter chegado ao empate. O técnico da Académica quer mesmo ganhar o jogo!

    63'     SUBSTITUIÇÃO Académica . Sai Diogo Gomes entra Júnior Paraíba
    63'     SUBSTITUIÇÃO Académica . Sai Diogo Melo entra Amaury Bischoff
    63'     SUBSTITUIÇÃO Académica . Sai Miguel Fidalgo entra Éder
    62'     Outra vez a dupla Diogo Valente/Sougou mas Hugo corta na hora h!!!
    61'     Reage o Beira Mar com um remate de Rui Varela mas Peiser estava atento!
    59'     GOOOOOOOLLLLLOOOOOOO!!! ACADÉMICA ! 1-1 por Sougou. Diogo Valente tentou o remate, mas falhou, a bola sobrou para o senegalês e este não perdoou!!!

    57'     Rui Varela mata no peito e remata à meia-volta, mas Berger desvia para canto!
    56'     A Académica parece ter agora acordado...
    52'     Remate de Fidalgo, de longe, sem força...
    51'     Ritmo claramente mais baixo nesta segunda parte...
    47'     Livre para a área do Beira Mar mas Rego mostra ter mãos de ferro!
    46'     RECOMEÇA A PARTIDA
    46'     INTERVALO NA PARTIDA ENTRE Beira Mar e Académica. Resultado justíssimo ao final dos primeiros minutos em função daquilo que o Beira Mar tem jogado em comparação com uma Académica muito longe daquilo que já fez esta época.

    45'     GOOOOOOOLLLLLOOOOOOO!!! BEIRA MAR ! 1-0 por Wilson Eduardo. Bela jogada, que começa em João Luiz, a isolar Artur na direita, o jovem avançado tenta um chapéu mas a bola sai larga e Wilson Eduardo ainda consegue confirmar o golo, de cabeça, ao poste mais distante! Está feito o primeiro golo dos aveirenses na Liga!

    45'     Mais três minutos de descontos...
    43'     Boa jogada do ataque da Briosa, com uma combinação entre Diogo Gomes, Miguel Fidalgo e Sougou, mas o remate do senegalês sai à figura de Rego!

    38'     GRRRRRANDE DEFESA DE PEISER!!! Livre para a área da Académica, Djamal cabeceia e o francês defende por instinto!!!

    37'     CARTÃO AMARELO para Sougou (Académica )
    35'     Cruzamento de Artur, para as mãos de Peiser.
    29'     Partida interrompida para assistência a João Luiz, que caiu sozinho!
    28'     Djamal... ao lado!
    27'     Livre perigoso para o Beira!
    26'     Era uma bela jogada de contra-ataque do Beira Mar mas João Luiz, ao isolar-se, adiantou a bola em demasia e Peiser agarrou!

    19'     Bom cruzamento de Addy, para cabeceamento de Sougou, mas a jogada é anulada por fora-de-jogo do senegalês!

    17'     PERIGO PARA O BEIRA MAR!! Na cobrança de um livre de Renan, Djamal consegue cabecear antecipando-se a Peiser, mas a bola bate no chão e ressalta por cima da trave!!!

    14'     Artur... muito por cima!
    12'     Responde o Beira Mar: Wilson Eduardo assiste Varela, sobre a direita, e este, em esforço, acerta nas malhas laterais, com Nuno Coelho ainda a ceder canto.

    12'     GRRRRRANDE OPORTUNIDADE PARA A ACADÉMICA!!! Diogo Valente recebe na área, rodopia sobre um adversário, e atira à queima-roupa, mas Rego opõe-se com sucesso!!!

    9'     O Beira Mar começa a tomar conta do jogo...
    5'     Belo trabalho de Wilson Eduardo, a tirar um adversário da frente, e com um remate que obriga Peiser a defesa para a frente!

    5'     Início de partida muito calmo...
    2'     Primeiro remate da partida, de muito longe, por Rui Varela.
    1'     COMEÇA A PARTIDA ENTRE Beira Mar e Académica

Arbitragem

Luis Catita: AF Évora (nota 4)

Bom trabalho, em jogo fácil de dirigir.

 "Seguro, atento e decidido nos lances mais complicados, entre eles, um na área da Académica, na parte final do jogo, quando Ronny ficou a pedir uma grande penalidade. Não foi na conversa e fez bem o árbitro de Évora, que cumpriu com o que se pede a um juiz: decisões acertadas e controlo do jogo." - Jornal O Jogo

2010/11 - 03J - Beira Mar - Académica: Antevisão

Aveiro está de regresso ao mapa da Liga e volta a receber, neste domingo, mais um encontro do campeonato do centro. Depois do nulo diante da U. Leiria, na abertura da competição, o Beira Mar mede agora forças com outros vizinho, desta feita a Académica. Os estudantes, que estão a protagonizar o melhor arranque desde 2002 quando retomaram o convívio com os grandes, têm boas recordações do Estádio Municipal de Aveiro, onde nunca perderam. A última derrota para os rivais do litoral aconteceu em 2003, ainda no velhinho Mário Duarte.

As últimas duas deslocações até se saldaram em resultados marcantes: em 2005 um nulo permitiu estabelecer uma sequência de 12 jogos sem derrotas e, ao mesmo tempo, selar a manutenção; dois anos mais tarde, uma vitória por 1-0 também ajudou nas contas da permanência, colocando o adversário no caminho inverso.
Mais recentemente, no ano passado, as duas equipas voltaram a encontra-se, para a Taça da Liga e a para Taça de Portugal e, em ambos os jogos, não houve golos. A diferença é que nesta última prova, no desempate por pontapés da marca de grande penalidade, os auri-negros foram mais felizes.
Antes da partida, haverá oportunidade para uma festa particular entre os comandados de Leonardo Jardim e o público afecto aos beira-marenses: a Federação Portuguesa de Futebol fazer a entrega do título de campeão da Liga de Honra - época 2009/2010. Uma taça conquistada pela última vez pelo clube na época 2005/2006.

Aveirenses «reforçados», Briosa aposta na continuidade
Leonardo Jardim terá, finalmente para este encontro, a quase totalidade de opções do plantel. Com a regularização das inscrições de Sérgio Oliveira e Ronny, o técnico ganhou mais duas opções, praticamente garantidas no onze inicial. As lesões do guarda-redes Paes e do lateral André Marques são conhecidas e há alternativas, sendo ainda de registar o regresso de outro jogador importante, o central Kanu, que jogará com uma máscara para proteger o nariz.
Do lado da Briosa há muito pouco a dizer. Addy está de retorno, depois de cumprir castigo, e Hélder Cabral é a única ausência em relação à partida com o Olhanense. Jorge Costa já revelou estar satisfeito com a equipa e, além do ingresso do jovem ganês, não se esperam mais mexidas no onze habitual da turma estudantil.

Equipas prováveis:

BEIRA MAR: Rego; Pedro Moreira, Hugo, Kanu e Renan; Djamal; João Luiz, Artur e Sérgio Oliveira; Ronny e Rui Varela.
Outros convocados: Bruno Conceição, Danilo, Yohan, Luís Tinoco, Rui Sampaio, Tiago Barros Wilson Eduardo e Tatu.

ACADÉMICA: Peiser; Pedrinho, Berger, Orlando e Addy; Nuno Coelho, Diogo Melo e Diogo Gomes; Sougou, Miguel Fidalgo e Diogo Valente.
Outros convocados: Ricardo, Pedro Costa, Sow, Bischoff, Hugo Morais, Paraíba, Laionel e Éder.

2010/11 - 03J - Beira Mar - Académica: Convocados

Jorge Costa troca Cabral por Addy para Aveiro

 O treinador da Académica decidiu introduzir apenas uma alteração na lista de convocados para o jogo deste domingo (16h00), em Aveiro, diante do Beira Mar: o regresso de Addy, após castigo, para o lugar de Hélder Cabral. Uma mera troca posicional - lateral esquerdo por lateral esquerdo -, sinal de que Jorge Costa está satisfeito com a equipa, como revelou, aliás, durante a semana.

Desta forma, com apenas um jogador lesionado, o guarda-redes Barroca, ficam ainda de fora, por opção, Luiz Nunes, Amoreirinha, Paulo Grilo, Enrique Carreño e Amessan.

Lista de convocados:
 

Guarda-redes: Peiser e Ricardo;
 

Defesas: Pedrinho, Pedro Costa, Pape Sow, Berger, Orlando e Addy;
 

Médios: Nuno Coelho, Bischoff, Hugo Morais, Diogo Melo, Diogo Gomes e Júnior Paraíba;
 

Avançados: Sougou, Laionel, Miguel Fidalgo, Éder e Diogo Valente.

 

Jorge Costa pede concentração em Aveiro

Técnico dos estudantes acredita numa vitória no «derby» com o Beira Mar

A Académica desloca-se neste domingo a Aveiro, numa curta viagem, de cerca de 60 kms, para enfrentar o recém-regressado à Liga, Beira Mar. Foi esta equipa que, no ano passado, ainda na Liga de Honra, eliminou os estudantes da Taça de Portugal e é, também, um adversário recorrente nas pré-temporadas. O conhecimento do adversário é, por isso, elevado.

«Já defrontámos o Beira Mar no início da pré-época, é uma equipa que conhecemos bem. São muito organizados e vão ter mais soluções neste fim-de-semana. É uma equipa bem orientada, com jogadores experientes e outros irreverentes na frente, rápidos... Vão obrigar-nos a estar a níveis de concentração máxima porque têm jogadores muito rápidos na frente. Esperamos um jogo difícil mas temos condições e capacidades para conquistarmos os três pontos. Esse é o nosso objectivo», revelou Jorge Costa, nesta sexta-feira, em conferência de Imprensa.

O treinador da Briosa fez ainda um balanço do início de campeonato e mostrou-se agradado pelos quatro pontos conquistados, mas sem disfarçar alguma frustração pelo empate caseiro consentido, já nos descontos, diante do Olhanense: «É evidente que, nesta fase, ter esses pontos em dois jogos satisfaz-nos plenamente. Poderíamos ter mais dois pontos mas se empatámos de uma forma que nos deixou tristes, na semana anterior, tínhamos ganho ouros dois de uma forma que nos deixou bastante alegres e eufóricos. São coisas do futebol e dá para tirarmos ilações e não voltar a cometer certos erros. O importante é que a equipa está bem e confiante, o que nos dá perspectivas de futuro muito agradáveis.»

A poucos dias do fecho do mercado, não se perspectivam alterações na composição do plantel da Académica. Pelo menos, a aferir pelas palavras de Jorge Costa. «Quero trabalhar com os jogadores todos. É muito difícil ter de abdicar de alguém quando se vê 27 jogadores com uma dedicação enorme ao treino e ao trabalho. Acredito em todos... Não é fácil gerir 27 jogadores e sei que a tendência de alguns é perder entusiasmo, mas é para isso que estou cá. Todos vão ter as suas possibilidades. Não quero mais ninguém, estou muito satisfeito com os jogadores que tenho e sim, tenho boas dores de cabeça... De dia para dia, cada vez tenho mais prazer em contar com estes jogadores», afirmou.

Miguel Fdalgo recuperado

No único treino à porta fechada da semana - realidade bem diferente dos tempos de André Villas-Boas -, a grande novidade foi para o regresso em pleno de Miguel Fidalgo, que trabalhou condicionado nos primeiros três treinos da semana devido a uma mialgia.

O madeirense deverá, assim, manter o lugar no onze inicial, ao contrário de Hélder Cabral, que será rendido por Addy, de volta depois de ter cumprido um jogo de castigo.

Diogo Melo «Início de época não podia ser melhor»

Diogo Melo é um dos reforços da Académica que pegou de estaca, como se diz na gíria. O médio proveniente do Portimonense assumiu-se desde cedo como titular da equipa de Jorge Costa e, ao cabo de duas jornadas, faz um balanço bem positivo, tanto a nível individual como colectivo.
«Para a equipa, este início de época não podia ser melhor, com uma vitória e um empate, apesar de ter sido em casa.

Individualmente, estou feliz com o meu desempenho mas sei que posso dar mais, assim como a equipa», revela o jogador, para quem a meta principal é conseguir sempre algo mais: «O objectivo é sempre fazer melhor. Estamos bem, concentrados, e a equipa técnica soube trabalhar bem o grupo. Se, no ano passado, não foi possível uma grande classificação, este anos queremos fazer melhor.»
Esta filosofia vai voltar a ser aplicada no próximo jogo da Briosa, em Aveiro, num «derby» da região centro. «A rivalidade existe sempre mas não estamos obcecados por isso. Estamos conscientes das dificuldades e vamos precisar de todas as nossas forças, dentro e fora do campo. A Académica, no entanto, tem qualidade e está preparada para vencer este desafio», assegura.
Do Beira Mar, que conhece bem, pois defrontou-o quando jogava na Liga de Honra, fala de um adversário de respeito. «Joga bem, é uma equipa organizada e com jogadores rápidos na frente. Vamos tentar neutralizar os seus pontos fortes. Estão um pouco diferentes esta época, mas o treinador é o mesmo e mantém as suas ideias», analisa este apreciador do holandês Seedorf.

2010/11 - 03J - Beira Mar - Académica: Arbitro: Luis Catita

Luís Catita vai ser o árbitro da partida entre a Académica e o Beira Mar, agendada para domingo, dia 29 de Agosto, pelas 16:00, no Estádio Municipal de Aveiro. Luís Martins Catita da Silva, de 35 anos, pertence à Associação de Futebol de Évora e, para além de ser árbitro de futebol, é também guarda da PSP. De salientar ainda que José Braga e Cristóvão Moniz serão os árbitros auxiliares para este jogo.

2010/11 - 02J - Académica 1 - 1 Olhanense: Estatísticas

Miguel Fidalgo preocupa

Miguel Fidalgo está em dúvida para a deslocação ao terreno do Beira-Mar, no domingo.

O avançado, que tem estado em evidência neste arranque de época, sofreu uma mialgia na coxa direita, pelo que não é líquido que o treinador Jorge Costa possa utilizá-lo em Aveiro.

Todavia, o facto de ainda faltarem alguns dias para o encontro poderá jogar a favor do jogador, que ontem esteve no relvado mas apenas realizou trabalho específico.

Caso o camisola 14 não retome os treinos a tempo de poder alinhar no Municipal de Aveiro, Éder e Enrique Carreño são os principais concorrentes ao lugar de ponta-de-lança, que até a este momento tem estado entregue a Miguel Fidalgo, autor do primeiro golo na vitória (2-1) com o Benfica.

Miguel Pedro pondera regresso a Portugal

Avançado pretende rescindir com o Anorthosis e voltar a casa

O extremo Miguel Pedro, que em Portugal se notabilizou ao serviço do Desp. Aves e da Académica, pode estar a um passo de regressar ao futebol lusitano. Transferido, em Janeiro último, para o Anorthosis, do Chipre, o avançado, de 26 anos, diz ter ofertas de clubes da Liga e, a uma semana do fecho das inscrições, está a tentar rescindir para poder voltar à casa de partida.

«Quero voltar a Portugal. Tenho propostas da Liga mas ainda não me decidi. Vou rescindir porque o clube está com problemas e quer, inclusive, baixar os salários dos jogadores», referiu ao Maisfutebol o ex-atleta da Briosa.

A Académica, onde esteve durante três épocas e meia, está atenta à situação do jogador mas, com o plantel praticamente definido, um eventual retorno só poderia ser equacionado, segundo foi possível apurar, no caso da venda de um dos seus principais activos, no caso o senegalês Sougou.

Briosa inicia missão Beira Mar

A equipa profissional da Académica regressou esta manhã aos treinos na Academia Dolce Vita depois de um fim-de-semana de folga concedido pelo treinador Jorge Costa. Recorde-se que os "estudantes" jogaram na sexta-feira, diante o Olhanense, e por isso o timoneiro da Briosa apenas iniciou hoje a preparação para o jogo com os aveirenses. E as notícias neste regresso ao trabalho não poderiam ser melhores para Jorge Costa que tem o plantel todo à sua disposição. O Departamento Médico dos "estudantes" não tem, por isso, qualquer registo de lesão e o quotidiano da Briosa vai-se desenrolando no sossego do Bolão. A Académica prepara assim o terceiro jogo da Liga Zon Sagres a todo o gás, com o encontro com o Beira Mar a estar marcado para o próximo domingo, dia 29 de Agosto, pelas 16:00, no Estádio Municipal de Aveiro. Os "estudantes" regressam amanhã ao trabalho, às 10:00, na Academia Dolce Vita, numa sessão que decorrerá à porta aberta.

2010/11 - 02J - Académica 1 - 1 Olhanense: Resumo

2010/11 - 02J - Académica 1 - 1 Olhanense: Emoções ao apito final

Académica 1 - 1 Olhanense

Estádio Cidade de Coimbra

20 Agosto 2010 - 20.15 - SPTV

Relvado em mau estado

Académica: Peiser, Pedrinho, Berger, Orlando, Hélder Cabral, Nuno Coelho, Diogo Melo (Júnior Paraíba, 61), Diogo Gomes, Sougou, Diogo Valente (Laionel, 65) e Miguel Fidalgo (Éder, 75).

Suplentes: Ricardo, Pape Sow, Pedro Costa, Bischoff.

Treinador: Jorge Costa

Olhanense: Moretto, João Gonçalves, Maurício, Jardel, Carlos Fernandes, Fernando Alexandre, Nuno Piloto (Delson, 81), Vinícius, Jorge Gonçalves (Toy, 69), Djalmir (Yontcha, 59) e Paulo Sérgio.

Suplentes: Ricardo Baptista. Mexer, Maynard, Lulinha.
Treinador: Daúto Faquirá

Ao intervalo 0-0

Marcadores 1-0, Diogo Gomes, 90'+1' e 1-1, Yontcha, 90'+4' (g.p.)

Árbitro Marco Ferreira (Madeira) 

Ação disciplinar: cartão amarelo para Sougou (21), Jorge Gonçalves (33), Hélder Cabral (51), Carlos Fernandes (55), Berger (72) e Pedrinho (86).

Espectadores: 3009 

Crónica

A Académica assumiu, provisoriamente, a liderança da Liga depois do empate desta sexta-feira, em Coimbra, frente ao Olhanense. Diante de um adversário directo na luta pela manutenção, os estudantes não foram capazes de quebrar a «maldição» que transita da época passada: mais de sete meses sem um triunfo em casa. A Briosa esteve, todavia, muito perto do conseguir, pois adiantou-se no marcador sobre o limite do tempo regulamentar mas uma grande penalidade, algo ingénua do jovem Éder, levou Yontcha para a marca dos 11 metros e o camaronês não perdoou.

Em jeito de «amigável» de pré-época, o encontro demorou a aquecer mas desde cedo se notou que era a Académica quem tentava colocar velocidade na partida. Por volta do quarto-de-hora de jogo, no entanto, a equipa da casa abriu as hostilidades, num livre de Diogo Valente que, desviado por um defesa algarvio, acerta na base do poste direito da baliza de Moretto.

O esquerdino emprestado pelo Sp. Braga foi determinante nas jogadas seguintes, com vários cruzamentos preciosas, que acabaram por ser desperdiçados por Sougou ou Orlando, neste caso porque o guarda-redes brasileiro dos algarvios estava atento. Pelo meio, o Olhanense reagiu, tenuemente, graças a um bom remate de Jorge Gonçalves, ao qual Peiser correspondeu com defesa para canto.

Olhanense reequilibra na segunda parte
A Briosa terminou a primeira parte outra vez em cima do adversário mas sem quaisquer resultados práticos. O intervalo seria, no entanto, bom conselheiro para os comandados de Jorge Costa. Depois das iniciativas da ala esquerda durante a primeira parte, na segunda foi o lado direito que carburou melhor, por obra de Sougou. Num bom cruzamento, o senegalês colocou a bola na cabeça de Miguel Fidalgo mas o madeirense atirou ligeiramente ao lado.

Nesta altura, porém, era o Olhanense que tinha mais bola enquanto a Académica respondia em contra-ataque. Sem soluções para desempatar a partida entre os onzes de cada lado, ambos os técnicos foram ao banco mas limitaram-se a fazer trocas meramente posicionais. Os estudantes passaram, então, a colocar um sentido único na partida em direcção à baliza de Moretto, mas também deixavam a defesa destapada por vezes e à mercê do trio de ataque dos forasteiros.

O Olhanense, mercê da qualidade da sua circulação de bola, conseguiu reequilibrar as operações e acabou a partida a justificar o empate, sobretudo depois de Yontcha ter, também ele, acertado no ferro da baliza à guarda de Peiser. Júnior Paraíba, recém-entrado, voltou, como na Luz, a assistir para o golo de Diogo Gomes, mas o encontro ainda não tinha terminado. Éder cometeu grande penalidade e Yontcha fixou o resultado final de um encontro que terminou com algumas cenas menos próprias, devido à contestação da arbitragem. 


A Académica empatou hoje em casa com o Olhanense a uma bola em partida que marcou o arranque da segunda jornada da Liga Zon Sagres. Perante 3009 espectadores, a Briosa marcou primeiro, por intermédio de Diogo Gomes, já para além do minuto 90 mas uma grande penalidade convertida por Yontcha deu a igualdade aos algarvios.

A Académica entrava em campo motivada pela vitória na Luz e sabia que poderia conquistar hoje a liderança provisória da Liga Zon Sagres, algo que veio mesmo a acontecer mas não pelo resultado mais esperado. Os "estudantes" entraram melhor, dominaram a primeira metade do encontro mas não conseguiram converter as várias oportunidades de que dispuseram.

Sougou teve nos pés a melhor hipótese de inaugurar a contagem mas não conseguiu finalizar da melhor maneira depois de um cruzamento da esquerda de Diogo Valente. O 23 da Briosa era dos mais irrequietos e por pouco também não marcou na sequência de um livre apontado para a área do Olhanense.

O intervalo surgiu com o nulo no marcador mas a etapa complementar viria a ser diferente. As oportunidades não foram tão flagrantes como nos primeiros 45 minutos mas os golos viriam a surgir nos últimos minutos. Já depois dos 90, Júnior Paraíba descobriu Diogo Gomes na área e o brasileiro inaugurou a contagem com um belo cabeceamento, indefensável para Moretto.

O Estádio vibrava e os três pontos eram o cenário mais provável para a Briosa, mas foi então que o árbitro Marco Ferreira decide apontar grande penalidade a favor do Olhanense, por suposta mão na bola de Éderzito. Yontcha, frente a frente com Peiser, não falhou e deu um ponto aos forasteiros.

A Briosa volta aos treinos na próxima segunda-feira e o próximo encontro dos "estudantes" será frente ao Beira Mar, para a terceira jornada do campeonato.

Destaques

 Diogo Valente
Destacou-se pela qualidade de pé esquerdo, de livre ou em cruzamentos, assumindo-se como o principal foco de perigo para a baliza de Moretto. Atirou, inclusive, ao poste, numa bola ainda desviada por um defesa algarvio, e tentou servir os companheiros com mestria mas os lances não tiveram a sequência desejada. Perdeu fulgor na segunda parte, já com o dever mais do que cumprido, e acabou por dar lugar a Laionel.

Sougou
Esteve sempre muito activo no ataque, quer a servir os colegas, quer a tentar finalizar. Na retina, ficou uma arrancada soberba, na segunda parte, culminada com uma remate de longe que Moretto defendeu a custo. Só lhe faltou mesmo o golo, numa noite de grande inspiração e velocidade. Nem parece que está em pleno Ramadão.

Hélder Cabral
Foi a novidade no onze estudantil em relação à equipa que venceu na Luz. O castigo de Addy abriu-lhe a vaga, que fez por merecer, especialmente em termos ofensivos. Deu-se bem com Diogo Valente, dando início a muitas jogadas que o companheiro soube, depois, potenciar e traduzir em perigo para o Olhanense.

Júnior Paraíba e Diogo Gomes
Construíram o lance que deu o golo da Académica, inglório, por sinal, já que, pouco depois, Yontcha empatou de grande penalidade. Fica, todavia, o registo para a jogada bem conseguida e para a segunda assistência consecutiva de Paraíba, transformado em «arma-secreta» de Jorge Costa.

Jorge Gonçalves
Começou por obrigar Peiser a defesa apertada para canto, num remate com efeito, já depois de ter colocado Hélder Cabral à prova com algumas mudanças de velocidade. Num ataque pouco inspirado, o habilidoso extremo foi a excepção, jogando sempre em alta rotação. Depois de ter sido substituído, foi Paulo Sérgio quem acabou por herdar o seu protagonismo.

Moretto
A Académica deu-lhe bastante trabalho e, apesar de não ter sido obrigado a fazer qualquer defesa de elevado grau de dificuldade, rubricou algumas de bom nível, dando contributo decisivo para segurar o nulo na baliza algarvia até quase ao final da partida.

Opiniões

 
Jorge Costa, treinador da Académica:
«Custa perder três pontos assim, numa algura em que estávamos convencidos que já não nos iriam fugir. Há duas coisas que me desagradaram na Académica: na segunda parte, a partir de certa altura, desorganizámo-nos e começámos jogar directo, quando esse não é o nosso estilo; também não gostei do que fizemos depois do golo. Devíamos ter sido mais inteligentes, mais bravos e deveríamos ter segurado o resultado com unhas e dentes. Entrámos bem, tivemos oportunidades para marcar e, na segunda parte, o Olhanense foi ligeiramente superior. Custa sofrer um golo assim, mas, no final dos 90 minutos, com houve alguma justiça. Temos quatro pontos à segunda jornada, não estamos mal.» 

Daúto Faquirá, treinador do Olhanense:
«Os resultados sempre justos. A frieza dos números, neste caso, diz que foi um empate. Penso que foi um jogo repartido e o resultado tem se aceitar. A Académica entrou melhor que nós e teve várias oportunidades. Demorámos a entender o que devíamos fazer e estivemos pouco criativos. Tivemos dificuldades em ter a bola no ataque e convidámos a Académica a jogar perto da nossa baliza. Na segunda parte, estivemos melhor e podíamos ter feito golo mais cedo, mas estes chegaram apenas no fim.»

Diogo Gomes, autor do golo da Académica no empate frente ao Olhanense:
 «O nosso objectivo era a vitória, entrámos em busca dos três pontos mas, infelizmente, não conseguimos. Sofremos um golo no último minuto, ainda por cima de penalty, mas o futebol é mesmo assim. Não esperávamos sofrer o golo, queríamos fechar a defesa naquela altura, mas aconteceu. Agora, temos é de trabalhar e pensar no próximo jogo.» 

Nuno Piloto, jogador do Olhanense, em declarações à Sport TV, analisa o empate com a Académica (1-1), clube que representou vários anos:
«Regressei a Coimbra com um sentimento especial. Passei muitos anos nesta casa, mas como profissional tinha de defender os interesses do Olhanense.»
«Era difícil reagir ao golo da Académica. O empate veio dar alguma justiça. A primeira parte foi da Académica, mas na segunda parte estivemos melhor.»

Briosos

 
Peiser 5
Resolveu o pouco trabalho que teve.


Pedrinho 6
Muito dinâmico no lado direito. Defendeu bem e atacou melhor.


Berger 6
Praticamente insuperável. Um passe seu, de 30 metros, quase isolou Sougou.


Orlando 6
Protagonizou um corte providencial que tirou o golo a Yontcha.


Hélder Cabral 5
Uma exibição de altos e baixos, mas que nunca comprometeu a equipa.


Nuno Coelho 6
Nem sempre se dá por ele, mas faz um importante trabalho de sapa.


Diogo Melo 4
Não esteve muito feliz no capítulo do passe. Foi o primeiro a sair.


Diogo Gomes 6
Marcou de cabeça e nunca pensou que a vitória fugiria. Em boa forma.

Sougou 7
A maioria dos lances perigosos do ataque estudantil passou pelos pés do internacional senegalês, que foi um autêntico desequilibrador. E ontem, em mais do que uma ocasião, podia ter feito o gosto ao pé. Será que, até 31 de Agosto, ninguém o contrata? 

Miguel Fidalgo 6
Podia ter facturado de cabeça em duas ocasiões, como no domingo.


Diogo Valente 6
Nos livres laterais, causou perigo. Ficou ligado a três lances de golo.


Júnior Paraíba 5
Tal como na Luz, voltou a assistir um companheiro para golo.


Laionel 3
Menos inspirado do que na Luz.


Éder 1
Refrescou o ataque, mas foi na defesa que foi decisivo... pelos piores motivos.

Lances chave

14'
Diogo Valente cobra livre do lado direito para o coração da área, com Djalmir a desviar em direcção à própria baliza, mas a bola bate no poste direito da baliza de Moretto.


17'
Cruzamento na esquerda de Diogo Valente, com Sougou a escapar aos centrais e a falhar o alvo de forma inexplicável.


27'
Jorge Gonçalves, na direita, remata cruzado, obrigando Peiser a defesa para canto.


39'
Cruzamento na direita de Diogo Melo, e Diogo Gomes, após saída em falso de Moretto, quase a marcar. Vale a intervenção de Fernando Alexandre.


53'
Sougou cruza da direita com conta, peso e medida para Fidalgo, mas o avançado cabeceia ao lado.


67'
Sougou tira Paulo Sérgio do caminho e atira de longe, com Moretto a defender para canto.


87'
Yontcha acerta na barra da baliza academista.


90'+2'
[1-0]
Júnior Paraíba cruza da direita e Diogo Gomes, ao segundo poste, cabeceia para o golo.


90'+4'
[1-1]
Yontcha marca o penálti e empata.

Já ninguém acreditava que os três pontos escapariam, até porque o golo tinha surgido um minuto antes. Mas Éder, que tinha vindo dar uma ajuda à defesa, não dominou a bola da melhor forma e, com a mão, "ofereceu" uma grande penalidade aos algarvios. Yontcha, da marca do castigo máximo, não teve problemas em bater Peiser. 

 

Minuto a minuto

90+4' Final da partida.
90+3' GOLO DO OLHANENSE. Yontcha coverte o penalti.
90+2' Penalti para o Olhanense por mão de Éderzito dentro da área academista.
90' GOLO DA ACADÉMICA. Cruzamento de Júnior Paraíba para o segundo poste onde aparece Diogo Gomes a empurrar para o fundo da baliza do Olhanense.
90' Vão ser jogados mais 4 minutos na partida.
87' CARTÃO AMARELO para Pedrinho.
86' Remate perigoso de Yontcha com a bola a embater na barra da baliza de Peiser.
85' Remate fraco de Éderzito à figura de Moretto.
81' SUBSTITUIÇÃO NO OLHANENSE. Sai Nuno Piloto e entra Delson.
Estão presentes no Estádio Cidade de Coimbra 3000 espectadores.
77' Livre batido por Orlando mas a bola sai muito longe da baliza de Moretto.
76' CARTÃO AMARELO para Maurício.
75' SUBSTITUIÇÃO NA ACADÉMICA. Sai Miguel Fidalgo para a entrada de Éderzito.
74' Cruzamento perigoso de Paulo Sérgio do lado esquerdo mas Orlando resolve e corta para canto.
72' CARTÃO AMARELO para Berger.
71' Cruzamento de Pedrinho do lado direito para Sougou cabecear ao lado da baliza da equipa de Olhão.
69' SUBSTITUIÇÃO NO OLHANENSE. Sai Jorge Gonçalves e entra Toy.
67' Remate perigoso de Sougou mas Moretto defende para canto.
66' SUBSTITUIÇÃO NA ACADÉMICA. Sai Diogo Valente para a entrada de Laionel.
65' Cruzamento tenso do lado esquerdo do ataque academista. Sougou consegue desviar mas a bola é controlada por Moretto.
61' SUBSTITUIÇÃO NA ACADÉMICA. Sai Diogo Melo para a entrada de Júnior Paraíba.
61' Cruzamento de Pedrinho do lado direito. A bola chega a Miguel Fidalgo que cabeceia rente ao poste direito da baliza de Moretto.
60' SUBSTITUIÇÃO NO OLHANENSE. Sai Djalmir para a entrada de Yontcha.
59' Canto batido por Paulo Sérgio para o interior da área, onde aparece Maurício a cabecear por cima.
54' CARTÃO AMARELO para Carlos Fernandes.
53' Diogo Melo desmarca Sougou, que do lado direito cruza para Miguel Fidalgo cabecear muito perto da baliza do Olhanense.
52' Remate forte de Paulo Sérgio para a defesa de Peiser.
51' CARTÃO AMARELO para Hélder Cabral.
50' Remate de Diogo Melo por cima da baliza de Moretto.
49' Paulo Sérgio entra na área academista, tenta passar por Berger mas o austríaco mais forte cede canto.
45' Começa a segunda parte. Sai a Académica.
Ao intervalo, Daúto Fáquira tem dois jogadores em exercícios de aquecimento: Maynard e Lulinha.
Intervalo
45' Termina a primeira parte.
38' Cruzamento de Diogo Melo do lado direito. Ao segundo poste Diogo Gomes não consegue empurrar para dentro da baliza de Moretto.
Ouve-se o nome da Briosa no estádio. Os adeptos estão a apoiar a sua equipa criando um barulho ensurdecedor.
34' Livre bem medido de Diogo Valente para o segundo poste onde aparece Orlando a cabecear para defesa de Moretto.
33' CARTÃO AMARELO para Jorge Gonçalves.
31' Livre batido por Jorge Gonçalves mas a bola passa por cima da baliza de Peiser.
26' Bom remate de Jorge Gonçalves para igual defesa de Peiser. Primeiro remate à baliza pela equipa de Olhão.
A Académica está melhor na partida e já dispôs de duas ocasiões flagrantes para abrir o marcador. O Olhanense limita-se a defender e a tentar lançar o contra-ataque.
21' CARTÃO AMARELO para Sougou.
16' Grande jogada da Académica. Cruzamento milimétrico de Diogo Valente do lado esquerdo, Sougou antecipa-se a Moretto mas a bola bate no solo, sobe e passa por cima da baliza da equipa de Olhão.
14' Livre cobrado por Diogo Valente, a bola sobrevoa toda a área do Olhanense e embate no poste direito da baliza de Moretto. Podia ter sido o primeiro para a Briosa.
10'  Cruzamento tenso de Diogo Valente do lado esquerdo mas Moretto agarra com segurança.
9' Cruzamento de Sougou do lado direito do ataque academista mas a bola sai por cima da baliza do Olhanense.
6' Na sequência do pontapé de canto, Diogo Gomes remata com a bola a passar ao lado da baliza de Moretto.
5' Boa jogada da Académica, Sougou aparece na área com espaço mas a defesa do Olhanense estava atenta e cede canto.
3' Cruzamento de Pedrinho para as mãos de Moretto.
0' Início da partida. Sai o Olhanense.

Arbitragem

Marco Ferreira:
Boas decisões do madeirense

O jogo não foi nada fácil de dirigir, mas o juiz madeirense Marco Ferreira esteve quase sempre bem, tanto do ponto de vista técnico e disciplinar. Houve lances complicados - a Briosa reclamou duas grandes penalidades -, mas o árbitro insular foi firme e acertado nas decisões que tomou.

2010/11 - 02J - Académica - Olhanense: Antevisão

Académica e Olhanense abrem esta sexta-feira a segunda jornada da Liga com um embate, quem diria?, que pode valer a liderança isolada da prova, à condição. Os estudantes querem juntar aos três pontos amealhados na Luz outros tantos e, desta forma, agarrar o primeiro lugar, mas do Algarve chega um conjunto ainda à procura do primeiro triunfo depois do empate caseiro com o V. Guimarães na ronda inaugural.
A partida servirá, também, para Jorge Costa promover, em definitivo, um corte com o passado, marcado pelo sucesso no clube de Olhão, que trouxe da Liga de Honra e manteve entre os grandes na época passada. A equipa está agora nas mãos de Daúto Faquirá, outro treinador da chamada nova geração, de regresso ao activo depois de uma época sabática.

O actual treinador da Académica é, por conseguinte, um profundo conhecedor do seu adversário e não hesitará em utilizar essa vantagem diante de uma equipa que, quando comandou, na época passada, não perdeu nos dois jogos e até acabou por contribuir para a saída de Rogério Gonçalves. Em Olhão, com um jogador a menos, os algarvios bateram os estudantes (2-1) e ainda trouxeram um ponto (1-1) de Coimbra. Agora, o antigo central do F.C. Porto e da Selecção estará do outro lado. Veremos se com os mesmos resultados.

Na contagem de espingardas para o jogo, ambos os técnicos promoveram duas alterações nas respectivas listas de convocados. Do lado da Briosa, Addy, devido a castigo, dá lugar a Hélder Cabral, tal como Sissoko sai dos eleitos para a entrada de Éder. Quanto ao Olhanense, aos 18 chamados para o encontro com o V. Guimarães, juntam-se Lulinha e Delson, depois de terem falhado a partida anterior, devido à falta de certificados.

EQUIPAS PROVÁVEIS:
ACADÉMICA: Peiser; Pedrinho, Berger, Orlando e Pedro Costa; Nuno Coelho, Diogo Melo e Diogo Gomes; Sougou, Miguel Fidalgo e Diogo Valente.

OLHANENSE: Moretto; João Gonçalves, Maurício, Jardel e Carlos Fernandes; Fernando Alexandre, Nuno Piloto e Vinícius; Jorge Gonçalves, Djalmir e Paulo Sérgio.

2010/11 - 02J - Académica - Olhanense: Convocados da AAC

O defesa Hélder Cabral e o avançado Éder constituem as principais novidades da convocatória da Académica, que recebe o Olhanense, na sexta-feira, partida que abre a segunda jornada da Liga.

Éder voltou esta semana aos treinos, após ter recuperado de uma tendinite num joelho. Já Hélder Cabral entra na lista para o lugar do castigado David Addy, expulso na Luz por duplo amarelo.

De fora, por opção do treinador dos “estudantes” Jorge Costa ficaram: Sissoko, Barroca, Luiz Nunes, Amoreirinha, Grilo, Amessan e Carreño.

Lista de convocados:

Guarda-redes: Peiser e Ricardo;

Defesas: Berger, Orlando, Pedrinho, Pedro Costa e Hélder Cabral;

Médios: Hugo Morais, Pape Sow, Bischoff, Diogo Melo, Nuno Coelho, Diogo Gomes e Júnior Paraíba;

Avançados: Laionel, Miguel Fidalgo, Sougou, Éder e Diogo Valente.

2010/11 - 02J - Académica - Olhanense: Árbitro: Marco Ferreira

Marco Ferreira vai ser o árbitro da partida entre a Académica e o Olhanense, agendada para sexta-feira, dia 20 de Agosto, pelas 20:15, no Estádio Finibanco Cidade de Coimbra.

Marco Bruno dos Santos Ferreira, de 33 anos, pertence à Associação de Futebol da Madeira e, para além de ser árbitro de futebol, é também bancário.

De salientar ainda que Álvaro Mesquita e Nélson Moniz serão os árbitros auxiliares para este jogo.

Jorge Costa: "Temos o nosso rumo bem definido"

O treinador da Académica, Jorge Costa, esteve hoje na sala de imprensa do Estádio Finibanco Cidade de Coimbra para fazer a antevisão da partida com o Olhanense, da segunda jornada da Liga Zon Sagres, um encontro que está agendado para a próxima sexta-feira, pelas 20:15.

O técnico dos "estudantes", que na temporada passada orientava precisamente a turma de Olhão, disse que o objectivo da Briosa passa por fazer os três pontos até porque "dormir na liderança" seria "motivo de orgulho". Jorge Costa elogiou ainda os seus jogadores e frisou que é importante referir que a equipa tem os "pés bem assentes no chão" e que sabe muito bem o que quer.

"Tenho conhecimento profundo do que é o Olhanense, apesar que este ano estão diferentes relativamente ao ano passado. É uma boa equipa, bem organizada, estamos conscientes das dificuldades que vamos encontar mas queremos manter os princípios da Luz e iremos conquistar os três pontos. Sei os jogadores que lidero, sou uma pessoa com os pés assentes na terra e sei que há probabilidade de dormirmos na liderança. Isso é motivo de orgulho mas não é o nosso grande objectivo. Sabemos o que queremos mas é importante começar bem a época.", começou por dizer o treinador da Briosa.

Jorge Costa lançou ainda um repto aos adeptos e frisou a importância de ver muita gente em Coimbra a apoiar a Académica, salientando que os jogadores tudo farão para retribuir o apoio com uma vitória.

"O Olhanense é um clube onde tenho gente amiga mas é so mais um jogo e queremos os três pontos. Desde o primeiro dia que digo que gostaria de ver muita gente em Coimbra a apoiar a sua equipa, gostaria que viessem cá, que nos ajudassem... Da nossa parte, tudo faremos para retribuir o apoio.", afirmou.

Jorge Costa: "Euforia controlada"

Um dos temas mais falados na conferência de imprensa foi, naturalmente, a vitória dos "estudantes" no reduto encarnado, no passado domingo. O assunto ainda domina as conversas do dia-a-dia e uma das questões que mais se levantou durante a semana foi o facto de a Académica poder acusar alguma euforia em demasia para o jogo frente aos algarvios. Uma ideia sobre a qual Jorge Costa não concorda.

"Isso poderia acontecer se eu não conhecesse o grupo de trabalho. É evidente que foi um óptimo resultado, que houve um momento de euforia normal, mas foi controlado. Sabemos as dificuldades que vamos encontrar e só com um bom jogo e um bom resultado com o Olhanense podemos valorizar o que fizemos na Luz. É com esse sentimento e ambição que iremos entrar em campo", disse Jorge Costa.

O técnico, aliás, continuou com os elogios à equipa após o histórico triunfo no Estádio da Luz.

"Sabia que iam valorizar mais o facto de o Benfica ter perdido do que a Académica ter ganho. Tenho consciência do porquê da vitória na Luz, temos o nosso rumo bem definido, sabemos onde queremos chegar e como queremos chegar. É óptimo ganhar na Luz e vencer o Benfica dá sempre moral. Fizemos História, conquistámos três pontos, que é o mais importante. Agora é dar continuidade", adiantou.

A Briosa continua então a preparação para o duelo com o Olhanense, agendado para sexta-feira, pelas 20:15, no Estádio Finibanco Cidade de Coimbra.

2010/11 - 03J - Beira Mar - Académica: Dom 29 Agosto - 16h

Eis o programa da 3.ª jornada divulgado pela Liga:

Sábado, 28 de Agosto:
Nacional – V. Guimarães, 19.15 horas (SportTV)
Benfica – V. Setúbal, 21.15 horas (TVI)

Domingo, 29 de Agosto:
Beira-Mar – Académica, 16 horas
P. Ferreira – Portimonense, 16 horas
Sp. Braga – Marítimo, 18 horas (SportTV)
Olhanense – U. Leiria, 19 horas
Rio Ave – FC Porto, 20.15 horas (SportTV)

Segunda-feira, 30 de Agosto:
Naval – Sporting, 20.15 horas (SportTV)

Briosa vence Tourizense com golo de Éderzito

A equipa profissional da Académica cumpriu esta terça-feira uma partida de carácter particular diante do Tourizense, num encontro que serviu de apresentação para os homens de Touriz.

A Briosa venceu por 1-0 com o golo a aparecer na segunda metade. Éderzito recebeu um passe do meio campo e ganhou a posição aos centrais da equipa da casa. O avançado dos "estudantes" não perdoou e, isolado perante o guardião da equipa de Touriz, apontou o único golo da partida.

Jorge Costa deixou os titulares do jogo frente ao Benfica em Coimbra e colocou em campo os que não actuaram na Luz, com excepção de Pedro Costa, Laionel e Júnior Paraíba que também jogaram diante o Tourizense, isto apesar de terem participado na vitória no reduto encarnado.

Addy suspenso por um jogo

David Addy, vai cumprir um jogo de suspensão, depois de ter sido expulso no jogo da primeira jornada, frente ao Benfica. A decisão foi divulgada em comunicado da Comissão Disciplinar da Liga.
O defesa viu dois amarelos consecutivos na Luz e, aos 50 minutos, rumou aos balneários.

2010/11 - 01J - Benfica 1 - 2 Académica: Estatísticas

Arranque do campeonato com vitória

O triunfo no Estádio da Luz serviu, também, para quebrar um enguiço, que já durava há 26 anos. É que desde a época 1984/1985, que os estudantes não venciam na jornada inaugural no escalão primodivisionário, embora, é certo, que tenham passado, desde aí, alguns anos na II Divisão. Ora, a 25 de Agosto de 1984, a Briosa, então orientada por Jesualdo Ferreira, derrotou o Penafiel por três tentos sem resposta, numa partida que teve lugar no Estádio da Mata Real, em Paços de Ferreira, sendo que Ribeiro, Rolão Preto e Reis apontaram os tentos academistas.

Só que este foi mesmo o único triunfo de Jesualdo Ferreiro pelos "capas negras", pois nas seis jornadas seguintes nunca mais conseguiu ganhar e à 8ª jornada foi rendido por Vítor Manuel.

Académica de volta aos treinos

A vitória de ontem em pleno Estádio da Luz ainda está bem presente na memória de todos os jogadores da Briosa mas agora o pensamento está apenas orientado para a partida com o Olhanense, da 2ª jornada da Liga Zon Sagres, agendada para a próxima sexta-feira, pelas 20:15, no Estádio Finibanco Cidade de Coimbra. Jorge Costa, treinador da Briosa, orientou hoje de manhã o primeiro treino de preparação para o duelo com os algarvios numa sessão de trabalho onde foram três os ausentes. Laionel e David Addy não participaram no treino por estarem a tratar de assuntos pessoais enquanto o senegalês Sougou também não trabalhou às ordens de Jorge Costa por estar a recuperar de um toque sofrido no jogo de ontem na Luz. A Briosa soma três pontos na tabela classificativa e na próxima sexta-feira pode mesmo alcançar a liderança provisória da Liga. No entanto, e no que foi possível perceber no treino de hoje, uma coisa parece estar já bem vincada no pensamento dos jogadores: os pés estão bem assentes na terra... Jogo amanhã com o Tourizense Entretanto, a Briosa terá amanhã mais um jogo de carácter particular, diante o Tourizense, em encontro que está agendado para as 19:00, em Touriz.

«Vitória na Luz é passado», diz Diogo Gomes

«Fizemos bom jogo, conseguimos o mais Importante que foi a vitória. Mas agora isso é passado. Temos outros objectivos, como garantir a manutenção. Para isso temos de ganhar ao Olhanense já nesta sexta-feira.» É desta forma que Diogo Gomes,médio da Académica, resume o estado de espírito da equipa, quase 48 horas depois do triunfo na Luz.

A alegria do plantel da Briosa, essa, persiste, e o brasileiro até confessa que brincou com o colega Laionel, autor do golo decisivo, por não lhe ter passado a bola no lance em causa: «Eu disse-lhe: já ia brigar com você mas, felizmente, fez o golo. O mais importante foi vitória e aquele belo lance. Dá moral, mas temos de continuar a trabalhar com humildade. Desde que saímos do estádio que estamos muito felizes. Foi um negócio importante ganhar ao campeão nacional, mas, como disse, há outras metas e outras vitórias para conquistar.»

Considerando uma vantagem o facto de Jorge Costa conhecer bem o olhanense, Diogo Gomes tece elogios ao novo técnico, que comparar a André Villas Boas: «Sabe lidar com o grupo e os treinos são muito bons. É um treinador que quer sempre mais de nós. Estou a aprender muito com ele. Foi campeão, ganhou tudo e para nós isso é muito importante. Está a acrescentar muito e os jogadores estão a crescer com ele. Do André, toda a gente já conhece o seu trabalho. É uma pessoa especial, por quem tenho muito carinho. O sucesso do Porto tem a ver muito com ele. Não encontro diferenças entre eles. Fazem ambos um trabalho moderno, são muito parecidos.»

Laionel: É um golo para recordar, não acha?

As emoções vividas na casa do campeão nacional ainda estão muito frescas na memória de Laionel. Pudera. O extremo brasileiro foi simplesmente determinante naquela que foi a terceira vitória estudantil nos últimos quatro anos em pleno Estádio da Luz. E o pontapé, a 74 km/hora, que apanhou Roberto completamente desprevenido, é "o golo mais bonito" da ainda curta carreira do jogador, de 24 anos, que não teve medo de arriscar perante o adiantamento do guardião espanhol. "É um golo para recordar. Mas, acima de tudo, estou muito feliz por poder ajudar a equipa. Há que continuar a trabalhar, pois ainda temos muitos jogos pela frente. Queremos a manutenção o mais rápido possível, para então depois pensar em novos objectivos", assumiu o jogador que apelou à "humildade" num momento de alguma euforia.

Apesar do tento estar a "causar muito impacto", Laionel lembra que quando entrou o "momento era complicado", face à expulsão de Addy, pelo que as tarefas eram "mais defensivas" mas, apesar disso, o risco compensou... e de que maneira.

E apesar de ser o rosto mais visível do triunfo, Laionel não esquece o trabalho desenvolvido pelos colegas, em especial pelo companheiro que também chegou por empréstimo do Grémio Anápolis, do Brasil: "O Júnior teve muita personalidade. Fez uma jogada muito boa e um belo passe. Já lhe agradeci, mas agora tenho de preocupar-me em retribuir o gesto".

O herói antes de Laionel

Laionel ficou nas bocas do mundo depois do grande golo que derrotou o Benfica, no Estádio da Luz, mesmo ao cair do pano. Mas se o extremo brasileiro - já passou por Boavista e Setúbal -, foi absolutamente letal, outro compatriota teve, igualmente, um papel determinante no guião de um filme cheio de dramatismo.

Tal como o autor do tento, também Júnior Paraíba saltou do banco, mas, no caso do médio, apenas foi opção no período de descontos. O suficiente para ajudar a desequilibrar as contas na luz, galgando mais de 50 metros, em 12 segundos, até entregar o esférico ao companheiro de equipa. "Temos de aproveitar todos os minutos que temos. O treinador confiou no meu trabalho, numa altura em que o golo podia sair para qualquer um dos lados. Tive sorte de estar naquele lugar, após um cruzamento da equipa do Benfica. 

Consegui fazer uma grande jogada, aproveitando a minha característica que é arrancar em força, e fiz o passe para o Laionel que fez um golo fantástico. Vai estar entre os cinco golos mais bonitos da temporada, pela jogada e pela precisão", contou o brasileiro a O JOGO. Júnior, em jeito de brincadeira, até disse que pelo trabalho que fez Laionel "está a dever parte do prémio", lembrando que na pré-temporada, na Covilhã, já havia assistido o colega para um golo frente ao Setúbal. 

Paraíba fez ainda questão de explicar que não houve qualquer irregularidade no lance, contrariando as reclamações encarnadas que pediam grande penalidade: "É verdade que eles disseram isso, mas a bola veio do cruzamento, bateu na minha barriga e parecia que ia tocar no meu braço, mas eu tirei a tempo e não chegou a tocar". 

Estreia absoluta na liga portuguesa, o médio, de 22 anos, espera "continuar a surpreender" os adeptos e entende que a Briosa pode ir longe na competição, mas "ainda tem muito que crescer". Para já, quer ganhar ao Olhanense.

2010/11 - 01J - Benfica 1 - 2 Académica: Resumo

2010/11 - 01J - Benfica 1 - 2 Académica: Briosa silencia estádio da luz!

Benfica - Académica, 1-2

Estádio da Luz, em Lisboa.

15-08-2010 - 20:15- SPTV

Benfica: Roberto, Maxi Pereira (Carlos Martins, 65), David Luiz, Sidnei, Fábio Coentrão, Javi Garcia, Ruben Amorim, César Peixoto (Jara, 46), Pablo Aimar (Weldon, 85), Saviola e Cardozo.

Suplentes: Júlio César,  Felipe Menezes, Roderick, Airton.

Treinador: Jorge Jesus

Académica: Peiser, Pedrinho, Orlando, Berger, Addy, Nuno Coelho, Diogo Gomes, Diogo Melo, Diogo Valente (Pedro Costa, 55), Sougou (Júnior Paraíba, 90) e Miguel Fidalgo (Laionel, 56).

Suplentes: Ricardo, Hugo Morais, Sissoko, Pape Sow

Treinador: Jorge Costa

Ao intervalo, 0-1

Marcadores: 0-1, Miguel Fidalgo, 26'; 1-1, Jara, 62.; 1-2, Laionel, 90+3'

Árbitro: Cosme Machado (Braga).

Acção disciplinar:

cartão amarelo para Sougou (30), Cesar Peixoto (45), Nuno Coelho (49), Addy (49 e 50), David Luiz (55), Aimar (67), Ruben Amorim (73) e Peiser (79).

Cartão vermelho por acumulação de amarelos para Addy (50) 

Assistência: 48 905

Crónica

O Benfica começou da pior maneira a defesa do título de campeão nacional com uma derrota no Estádio da Luz, diante da Académica (1-2). Tal como na última época, em que empatou com o Marítimo na primeira jornada, os encarnados cederam os primeiros pontos em casa no arranque da Liga. Miguel Fidalgo inaugurou o marcador e, já com a Académica reduzida a dez unidades, devido à expulsão de Addy, Jara anulou a primeira desvantagem. Laionel ditou o triunfo com um golo já nos descontos.

Jorge Jesus fez algumas alterações na equipa, em relação ao jogo da Supertaça com o F.C. Porto, colocando Sidnei no centro da defesa - Luisão estava lesionado -, Maxi Pereira na direita e Javi Garcia no meio-campo, em vez de Airton. Fábio Coentrão recuou para a sua posição de lateral-esquerdo, enquanto Carlos Martins ficou no banco.

Bom arranque, má reacção
Os encarnados entraram mais consistentes na partida, com solidez na defesa e Javi Garcia a destacar-se no seu trabalho à frente do quarteto mais recuado. Mas, enquanto a Académica encontrava algumas dificuldades para chegar com perigo junto da baliza de Roberto, o Benfica, apesar de dominar, também não conseguia criar verdadeiras jogadas de perigo. Rondava a área dos «estudantes», mas sem sucesso. Excepção feita a uma jogada na esquerda entre César Peixoto, Saviola e Coentrão, com o lateral a rasgar na área e a rematar cruzado, frente ao guarda-redes Peiser, mas a ver o seu tiro cortado por um adversário.

Nas bancadas, os adeptos encarnados, empolgados desde o primeiro segundo, ficaram em silêncio aos 26 minutos. Após um livre marcado na meia esquerda por Diogo Valente, Sidnei falhou a marcação a Miguel Fidalgo e o avançado cabeceou para o fundo das malhas.

O golo gelou a Luz e, no campo, os jogadores encarnados não conseguiram da melhor forma à  desvantagem.


A precipitação e a desconcentração redundavam em muitos passes falhados. E nesse capítulo falhava o acerto de Aimar. César Peixoto, que foi substituído ao intervalo por Franco Jara, também acabou por não ser feliz.

Nervos, um golo argentino e o balde de água fria
A segunda parte começou com os nervos à flor da pele e, cinco minutos depois do reinício da partida, a Académica ficou reduzida a dez unidades: Addy viu o segundo cartão amarelo por uma falta sobre Saviola. A calma voltou a faltar pouco depois, quando os «estudantes» se preparavam para fazer duas substituições e David Luiz protestou veemente contra Diogo Valente, que demorou a sair.

De volta ao jogo, os benfiquistas voltaram a vibrar aos 62 minutos, com o golo de Franco Jara. Após uma bonita jogada na esquerda de Fábio Coentrão, que fez um túnel a Diogo Melo, o cruzamento saiu para o centro da área, onde Jara mergulhou para rematar certeiro com o pé direito.

Em vantagem, o Benfica chegava muitas vezes junto da baliza de Peiser, já com Carlos Martins (rendeu Maxi) e Weldon (substituiu Aimar) em campo. Mas, perante uma Académica que defendia com tudo, a concretização falhava. E falhou até ao apito final.

Já nos descontos, foi a Académica que sorriu com um golo de Laionel, que rematou de longe, após uma jogada do recém-entrado Júnior Paraiba. Os estudantes festejaram efusivamente. Na pasta, estavam os três pontos.

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Minuto 93. Académica reduzida a dez por expulsão de Addy e o Benfica a carregar em cima da defensiva da Briosa que se preocupava sobretudo em despachar a bola para o mais longe possível. O cenário não parecia estar a favor dos "estudantes" mas o brasileiro Laionel não se importou com os quase 50 mil espectadores a puxarem pelo Benfica e, do meio da rua, fez um chapéu a Roberto e deu os três pontos à Académica. Momento que fica na História da Briosa e que merece, sem dúvida, maior destaque nos 90 e alguns minutos com que os "estudantes" iniciaram a Liga Zon Sagres, e logo no território do campeão nacional.


Mas há mais. Muito mais para contar deste primeiro jogo da Académica no campeonato. Durante a semana Orlando e Diogo Valente afirmavam que de uma coisa os adeptos da Briosa poderiam ter a certeza: na atitude os "estudantes" seria certamente os melhores. E assim foi. Que garra, que postura e que futebol a Académica mostrou na Luz...


Sempre muito concentrada ao longo de toda a partida, a Briosa não permitiu veleidades ao Benfica na primeira parte e dividiu o jogo com os encarnados, conseguindo mesmo encostar os campeões nacionais à sua área com perigosos contra-ataques lançados por Sougou e Diogo Valente.


A Académica mostrava classe na Luz e o primeiro balde de água fria para os adeptos da casa surgiu à passagem do minuto 26 . Diogo Valente cobrou um livre para a área do Benfica e Miguel Fidalgo salta mais alto que os centrais benfiquistas para fazer o 1-0. Primeira festa no banco da Briosa e também na bancada onde estavam concentrados os adeptos dos "estudantes" que, como sempre, não faltaram com o apoio à sua equipa.


Até ao intervalo, a Briosa conseguiu gerir a vantagem e foi para o descanso com uma vitória justa na bagagem. Mas a segunda metade seria diferente... E tudo começou logo nos primeiros minutos da etapa complementar com Cosme Machado a destacar-se no encontro ao expulsar David Addy em apenas cinco minutos. O lateral esquerdo ganês viu o primeiro amarelo e pouco depois cometeu nova infracção que o juiz de Braga entendeu ser punível com novo cartão. Apesar das muitas dúvidas em ambos os lances, pouco havia a protestar e a Briosa tinha pela frente o resto da partida a jogar com menos um.


Em casa do campeão nacional e com todas as contrariedades que foram surgindo, o resultado final dos "estudantes" é ainda mais saboroso mas já lá vamos. Antes dos festejos, e sejamos sinceros, só deu Benfica. Mas também assim teria de ser. Eram os encarnados que perdiam e tinham de ser eles a procurar o empate. A Académica segurou o jogo de Jorge Jesus durante largos minutos mas com menos um em campo a tarefa era muito difícil.


E foi aos 62 minutos que o Benfica chegou ao empate. Fábio Coentrão passou por Diogo Melo e por Pedrinho e deu para o argentino Franco Jara fazer o golo dos encarnados. Peiser nada podia fazer e o Estádio da Luz ganhava novo ânimo e puxava os encarnados para a vitória. Pelo menos para tentarem, mas não passou disso.


Os da casa caíram de produção devido à excelente organização defensiva da Académica mas mesmo assim procuravam novo golo a todo o custo. A Briosa despachava o bola como podia mas sempre com o objectivo de a fazer chegar até à baliza adversária, e foi precisamente aqui que os "estudantes" ganharam o jogo. A equipa de Jorge Costa não entrou no desespero de aliviar constantemente a bola e saiu a jogar sempre que podia.


E foi então num desses lances que a Briosa alcançou uma merecida vitória. No último minuto de descontos, Júnior Paraíba tocou para Laionel que, do meio da rua, bateu Roberto pela segunda vez. Grande festa na bancada dos adeptos da Académica e no banco de suplentes, todos saltaram de alegria para festejar no relvado.


Cosme Machado dava o apito final e confirmava a vitória da Académica no primeiro jogo da Liga Zon Sagres. E de uma coisa se pode ter a certeza. Na prática, o triunfo vale como todos os outros, são três pontos. Mas esta vitória vale muito mais que isso... Vencer no reduto do campeão é algo notável e hoje a História da Briosa ganhou mais umas páginas de ouro.

Na próxima sexta-feira, a Académica recebe o Olhanense em Coimbra, pelas 20:15 e pode atingir o primeiro lugar da tabela classificativa. Força Briosa!

Destaques

 Laionel
O país abriu a boca de espanto. Mas que golo!!! Ninguém esperava o remate de Laionel, muito menos Roberto. O guarda-redes espanhol defendeu quase tudo. No golo de Miguel Fidalgo não tem qualquer hipótese e, diga-se, no 2-1 também não. Crítica por estar adiantado? Nada disso, a jogada é de contra-ataque, Roberto tem de estar fora dos postes, caso Laionel passasse, na tentativa de isolar alguém. Por isso, o mérito é todo do avançado. Um pontapé de fé, do meio da rua, cheio de intenção e a dar três pontos para a Académica! Tentou ser feliz e marcou o golo da jornada. Assim mesmo, sem ela ainda ter acabado, porque com um pontapé bateu o campeão na estreia do campeonato, ao cair do pano na Luz.

Diogo Gomes
Um pé esquerdo de fazer inveja, atitude competitiva, mais uma prova de que cresce um belíssimo jogador no meio-campo da Académica. Aos 25 anos, está no ponto para assumir-se como referência da equipa. Na época passada já tinha dado boas indicações e, entre Aimar, Amorim e Garcia não se intimidou e fez jogar a Briosa. Bela exibição.

Miguel Fidalgo
Um ponta-de-lança adversário na Luz, de uma equipa que luta por objectivos menores. A espera torna-se longa, certamente. Aguarda-se por aquela bola que fique a jeito, aquela raridade em 90 minutos. Miguel Fidalgo foi mais lesto que Sidnei e feriu a águia com um cabeceamento que não deu hipótese a Roberto. Um lance, um golo. É assim que se faz, foi isso que lhe pediram, certamente.

Fábio Coentrão
Ora aí está a lateral-esquerdo, um lugar em que cada vez rende mais. A diferença para o concorrente César Peixoto é como da Terra à Lua. Aliás, Coentrão não só é melhor defesa com também é melhor extremo. O jogo frente à Académica mostrou-o de forma clara. Peixoto falhou passes atrás de passes, não conseguiu desequilibrar e nem deu apoio a um Coentrão que, vindo detrás, foi uma das principais, se não a maior, mesmo, arma do Benfica para abrir a defesa dos estudantes. Tentou o cruzamento várias vezes, de longe, mas esses nem sempre lhe saíram bem. Ainda assim, abriu espaços, fez o flanco todo e defendeu-o praticamente sozinho. Fala-se da ausência de Di María, mas, se calhar, o que o Benfica precisa é de dois Coentrões. A jogada no golo de Jara é mais do que prova disso, é o algodão, não engana! Ainda teve oportunidade para marcar, mas foi infeliz. Não merecia, pelo menos Coentrão não merecia ser infeliz.

Jara
Entrou ao intervalo para o lugar do apagadíssimo César Peixoto. Entrou para resolver, em busca do empate e foi num lance de crença que marcou. Antes, tentara bater Peiser de longe, mas o remate saiu-lhe mal. Depois, percebeu onde Coentrão ia meter a bola e lançou-se a ela como quem mata a fome e atirou para o empate. A diferença para quem substituiu foi abismal, não só pelo golo, mas também pela entrega. E com Cardozo fora de cena desde o primeiro minuto, Jara chegara em boa hora para os da Luz. Teve ocasião para o segundo, mas falhou na bola. Depois, aconteceu Laionel.

Sidnei
Óbvio substituto de Luisão no eixo da defesa, mas a milhas do compatriota. Culpado no golo da Académica, por deixar fugir Miguel Fidalgo, perdeu pontos na luta por um lugar. O estatuto confere-lhe o posto de primeiro suplente para central, mas com erros assim, a dúvida acentua-se e Roderick só é dois anos mais novo. Vive de hesitações e um central nunca pode ter dúvidas.

Aimar e Peiser
Não é bonito ver Aimar a tentar sacar uma grande penalidade, a tentar enganar o árbitro, num lance em que o próprio logo admitiu ter errado. Também não é bonito o teatro de Peiser. Cardozo apenas se encostou e não havia necessidade para uma queda tão aparatosa e queixas infundadas. Na mesma joga, ainda por cima, viu um amarelo por demorar na reposição de bola.

 Opiniões

 Jorge Costa, treinador da Académica, ficou feliz com a conquista dos primeiros três pontos no campeonato e elogiou, sobretudo, a organização dos seus jogadores no final da vitória com o Benfica, este domingo, no Estádio da Luz:

 

[Qual o segredo para vencer o Benfica?
«Segredo? Conhecemos bem o Benfica. Os meus jogadores foram muito organizados defensivamente, agressivos ofensivamente, solidários dentro do campo. Depois, tivemos de sofrer, com menos um jogador, e soubemos sofrer. Conseguimos uma vitória feliz, com um lance de génio a poucos instantes do fim. Uma vitória merecida.»

[Acreditou até ao fim que era possível vencer?]
«Acreditar, acreditei. Sabia que era difícil, mas fomos sempre à procura do golo, algo tímidos, é certo, mas conseguimos.»

[Que significado tem a primeira vitória como treinador frente ao Benfica?]
«São três pontos, num jogo muito difícil, contra o campeão nacional, o que nos deixa muito felizes.»

[Era este o Benfica que esperava?]
«Sim, era este o Benfica que esperava. A Académica é que esteve muito bem.»

[O que é que se pode esperar desta Académica, uma equipa a lutar pela Europa?]
«Podemos esperar uma Académica desinibida, com jogadores de qualidade, a lutar por uma boa classificação de uma forma tranquila.»

Jorge Jesus lamentou a derrota sofrida este domingo diante da Académica no Estádio da Luz. O treinador do Benfica elogiou o golo de Laionel, que ditou a vitória dos «estudantes», mas destacou também o esforço dos jogadores encarnados que diz terem feito tudo para conseguir os três pontos na primeira jornada da Liga:

  [O que é que aconteceu ao Benfica para sofrer a derrota com a Académica?]
«Em termos práticos, a Académica marcou dois golos e o Benfica marcou um. Se merecíamos? Não. Principalmente pelo que fizemos na segunda parte, em que jogámos na grande área da Académica. Tivemos oportunidades para mudar o resultado mas não conseguimos. Quando sentíamos que estávamos a ser prejudicados por empatar, acabámos por sofrer um excelente golo, tenho de o dizer. Na segunda parte, massacrámos. Na primeira dividimos o jogo e sofremos o golo de um lance de bola parada, o que não é muito normal. Fizemos várias modificações tácticas para dar largura e profundidade, conseguimos fazê-lo, mas não conseguimos marcar o golo face a tantos lances ofensivos que a equipa teve.»

[A derrota com o F.C. Porto pode ter influenciado o desaire com a Académica?]
«Não. O que é que uma coisa tem a ver com a outra? O jogo com o Porto teve uma história e este teve outra.»

[Considera que a equipa esteve intranquila, sobretudo na primeira parte?]
«A equipa teve sempre identidade, não esteve ansiosa. Mesmo a perder, os jogadores sentiram sempre que tinham que mudar o resultado.»

[Duas derrotas seguidas podem afectar os jogadores?]
«Não. Os jogadores do Benfica também perderam no ano passado, embora não tenham perdido muito. Queríamos ganhar e fizemos tudo. Claro que não é bom perder, é melhor ganhar um ponto que não ganhar nenhum. Perder não estava dentro das nossas previsões e ninguém vai ficar satisfeito por sair daqui a perder. O Benfica na segunda parte fez um jogo convincente para poder mudar o resultado e os jogadores fizeram tudo para o mudar.»

[O que é que ainda falta ao Benfica?]
«Faltava ganhar hoje, entrar com uma vitória no campeonato.»

Orlando, capitão da Académica, em declarações à Sporttv no final da vitória no Estádio da Luz (1-2), sobre o Benfica, na primeira jornada da Liga: 

«O segredo foi evidente, foi o espírito de sacríficio que conseguimos ter. Mesmo com um jogador expulso, tivemos mais capacidade de sofrimento, jogámos com as nossas armas em contra-ataque, fizemos mais um golo e foi muito bom. Não pode existir tónico melhor: uma vitória sobre o campeão na primeira jornada dá-nos muita confiança e vamos aproveitar essa confiança para somar vitórias nos próximos jogos. A base da Académica manteve-se, os reforços são bons reforços, por isso vamos fazer um campeonato melhor do que no ano passado.»

Os Briosos

Peiser 7

Na primeira parte não teve quase trabalho nenhum, com as responsabilidades a serem divididas entre os seus colegas da defesa - simplesmente impecáveis até ao intervalo - e a falta de objectividade do ataque encarnado. O pior chegou na segunda metade: no empate nada podia fazer e depois roubou o segundo golo às águias com uma série de boas defesas. A melhor delas aos 90+1', num remate cruzado de Coentrão que desviou com o pé. Acima de tudo, mostrou que na liga portuguesa há guarda-redes de excelente nível... e relativamente baratos.

Pedrinho 5

César Peixoto nunca conseguiu dar-lhe a volta à cabeça na primeira parte: este lateral-direito ganhou-lhe praticamente todos os lances. O pesadelo só começou quando Fábio Coentrão decidiu abrir o livro no seu flanco. De qualquer forma, nessa situação poucos defesas do mundo poderiam ter feito melhor.

Berger 6

Não será propriamente leve de rins, mas os avançados benfiquistas não lhe exigiram muito. Chegou e sobrou para resolver o que lhe apareceu à frente.

Orlando 6

É bem mais leve de movimentos do que o austríaco, ou seja, o par ideal para ele. Juntos - e protegidos por Peiser e Nuno Coelho - , estiveram exímios, nunca permitindo que o Benfica encontrasse espaços vazios na área.

Addy 4

Foi ele o grande destaque da equipa na primeira parte. Subia frequentemente no terreno, e eram acertadas todas as decisões que tomava. Excelente no passe, rematava com perigo, obrigando Roberto à defesa da noite (24'). Estragou tudo no início da segunda metade recebendo dois cartões amarelos em pouco mais de um minuto. Refilou com o árbitro, mas sem razão: o problema foi mesmo dele, com duas entradas irreflectidas sobre Saviola.

Nuno Coelho 7

Parece franzino, mas é rápido como uma seta a reagir a cada lance, ocupando na perfeição os espaços à frente da defesa. Muito confiante e com a noção exacta do tempo certo de se fazer a cada bola.

Diogo Melo 5

De estilo aparentemente molengão, sabe o que fazer com o esférico. Sem ser exuberante, tem capacidade técnica suficiente para se tornar útil nas transposições para o ataque.

Diogo Gomes 6

Grande esteio do meio-campo ofensivo, tem técnica individual bem acima da média. Domina bem a bola e tem visão de jogo, criando sempre problemas quando o jogo passa por ele.

Sougou 5

Mesmo tratando-se de um dos avançados mais velozes a actuar em Portugal, Fábio Coentrão deu-lhe poucas hipóteses.

Miguel Fidalgo 6

Só se deu por ele uma vez... e foi o suficiente. Fugiu bem à marcação dos centrais no livre arqueado de Diogo Valente, cabeceando sem hipóteses de defesa para Roberto.

Diogo Valente 5

Tentava fugir a Maxi Pereira, mas sem grandes consequências. Marcou exemplarmente o livre do primeiro golo, e pouco mais se viu.

Pedro Costa 5

Substituiu com eficácia Addy na esquerda da defesa.

Júnior Paraíba 5

Entrou nos descontos, mas é dele grande parte do mérito no incrível golo que resolveu o jogo. Roubou a bola na esquerda da defesa e, sempre junto à linha, correu mais de 50 metros com ela nos pés. Depois de fintar Rúben Amorim, fez um grande passe a desmarcar Laionel.

 Arbitragem

Possível penálti entre vários lances de difícil análise

O Tribunal de O JOGO concorda na ideia de que o encontro de ontem na Luz foi complicado para Cosme Machado, mas só Pedro Henriques entende que o juiz de Braga influenciou o resultado, ao não assinalar penálti de Diogo Melo sobre Saviola aos 86', quando o 1-1 persistia. Quanto à expulsão de Addy, os três especialistas validam sem reservas a decisão tomada pelo árbitro da partida.

Momento mais complicad: 86' Fica por assinalar penálti de Diogo Melo sobre Saviola?

Jorge Coroado:

Não. Diogo Melo cabeceou a bola, sem cometer qualquer grande penalidade sobre Saviola. Este simplesmente esperou o contacto com o intuito de tirar proveito da situação.

Pedro Henriques

Sim. Saviola é carregado nas costas dentro da área, num lance passível de grande penalidade. Em movimento rápido, para um árbitro que deixa jogar, é um lance de difícil análise.

Paulo Paraty

Não, de todo. É Saviola quem estorva Diogo Melo. Sem pretensões de jogar a bola, Saviola desequilibra o jogador da Académica.

Outros lances

12' Diogo Gomes derruba Saviola à entrada da área?
50' Addy é bem expulso depois de ver o segundo cartão amarelo no espaço de um minuto?
72' David Luiz atinge Sougou. Justificava-se acção do árbitro?
90'+3' Júnior Paraíba domina a bola com o braço, dentro de área, antes do contra-ataque do 1-2?

Jorge Coroado

+
Não houve qualquer infracção de Diogo Gomes. É notório, aliás, que o jogador da Académica procura evitar o contacto, embora este fosse inevitável.
+
Sim. Addy devia ter consciência de que já tinha um amarelo. Foi imprudente e não contou com o local onde estava. Amarelo aceitável.
-
Seria vermelho. David Luiz, com o cotovelo, atingiu deliberadamente Sougou. Foi nas barbas do assistente, que não foi capaz de informar o árbitro.
+
É um lance complicado, de difícil análise. Nem as imagens são suficientemente esclarecedoras. O árbitro tem o benefício da dúvida.

Pedro Henriques

-
Sim. O árbitro não tem os olhos postos nos jogadores, segue a bola e por isso não vê a carga fora de tempo sobre Saviola.
+
Entrada de sola fora de tempo e imprudente, passível de advertência. Neste caso, a segunda, que justamente leva à expulsão de Addy.
+
Não. David Luiz protege a bola com o corpo, tocando em Sougou sem cometer qualquer infracção.
+
Não. Júnior Paraíba tem o braço colado ao corpo, e é inevitável que toque a bola.

Paulo Paraty

+
Não. Diogo Gomes joga a bola com a sola da bota, e o contacto posterior é absolutamente casual.
+
Sim. Addy tinha acabado de ver cartão amarelo e comete uma falta que, pela sua imprudência, justifica a acção disciplinar. Muito bem o assistente ao chamar a atenção do árbitro.
-
Justificava-se falta e eventual amarelo, que neste caso seria o segundo. David Luiz usa o braço para impedir a progressão de Sougou.
+
Não é evidente que tenha batido no braço de Júnior Paraíba. Parece-me que é no peito. É situação de dúvida, e fez bem o árbitro ao deixar prosseguir.

Apreciação global

Jorge Coroado

Jogo de muito contacto, a criar dificuldades de análise ao árbitro, que, dentro das limitações reconhecidas, procurou agir em conformidade. Porém, revelou alguma falta de determinação, quiçá de coragem.

Pedro Henriques

Jogadores nervosos e intranquilos, colocando inúmeras dificuldades ao árbitro, que, em tantas e difíceis situações, acabou por nem sempre ser assertivo e, dessa forma, influenciou o resultado.

Paulo Paraty

Num encontro intenso, com muitas situações de difícil avaliação, o árbitro esteve muito bem nas decisões tomadas na maior parte delas. Conseguiu assim uma actuação bem positiva.