31 de janeiro de 2012

Éder: a novela de uma transferência! pt 2

«Éder foi desviado por empresários» - Luís Godinho

A novela Éder continua sem fim à vista. O jogador mantém-se afastado dos trabalhos da equipa, não se encontra em Coimbra e, ao que tudo indica, durante o dia de hoje decidirá que rumo vai dar à sua carreira.

Já esta terça-feira, Luís Godinho, vice-presidente da Académica afirmou à Antena 1 que o jogador continua incontactável e que, como tal, o problema já deixou de ser apenas desportivo para passar ao foro jurídico. Luís Godinho acusou ainda dois empresários de tentarem desviar o jogador:

- É público que a Académica tem um acordo com o West Ham. Se o jogador chegar a acordo com o West Ham, se não o mantiverem retido… Já deixou de ser um problema desportivo para passar a ser um problema jurídico. Para mim, o jogador foi desviado por empresários. A direção da Académica tem tentado falar com o Éder pelo telefone mas ninguém consegue, ele mantém-se incontactável. A Académica, contrariamente à atuação de muitos empresários e, pelos vistos, jogadores, quando assume negociações, mantém os acordos que faz. O Éder confirmou-me a mim que tinha chegado a acordo com o West Ham e agora não está a cumprir a sua palavra. Ele podia escolher livremente o que era melhor para ele e houve empresários que se vê nas câmaras de vídeo que a Polícia Judiciária no Hotel Sheraton, Porto. Nessa imagens vê-se o Pedro Romão. Ontem soubemos também que a Judiciária fez buscas em casa do Aszal e intimiou-o a depor. E o Jorge Alexandre tem andado este tempo todo a negociar em nome do Aszal para deixarem ir o jogador para Espanha e para aqui e para ali...

Confrontado com estas palavras, Jorge Alexandre disse a A BOLA, que o seu envolvimento neste processo está apenas e só relacionado com o fato de ser presidente do Tourizense, clube que detém parte do passe de Éder:

- A título pessoal, eu não tenho interesse nenhum neste caso. O que me move em todo este processo é o fato de eu defender intransigentemente os interesses do Tourizense, clube que presido e que tem uma parte significativa do passe do Éder.
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Fuga de Éder vai para a FIFA

O caso Éder parece cada vez mais longe do fim. Ontem, terá sido dado mais um passo que pode extremar as posições entre o jogador e a Académica, que promete levar o assunto à FIFA. O avançado faltou ao treino vespertino, no dia do regresso ao trabalho, depois de um domingo de folga. Contrariamente ao previsto, o início da preparação do jogo com a Oliveirense, relativo à segunda mão das meias-finais da Taça de Portugal, teve lugar à porta fechada.

À hora a que a equipa orientada por Pedro Emanuel treinava no Bolão, o jogador estaria, ao que tudo indica, numa unidade hoteleira de Lisboa, local para onde terá ido, no sábado, depois de abandonar a reunião, no Porto, onde estaria a ultimar os pormenores da transferência para o West Ham. O clube inglês já tinha acordo com a Académica para o empréstimo até ao final da época. Aliás, o desaparecimento de Éder levou, inclusivamente, os dirigentes dos estudantes a apresentarem uma queixa-crime na Polícia Judiciária do Porto.

Certo é que o futebolista que, no domingo, dissera não ter fugido nem desaparecido, não apareceu, ontem, no Bolão, embora o carro dele continue estacionado na Academia Dolce Vita, mas, agora sem qualquer obstáculo pela frente e com os pneus cheios (cenário diferente do que se verificava na véspera). O dia de hoje afigura-se decisivo neste processo, pois encerra o mercado de transferências e, caso Éder não saia, poderá arriscar-se a não vestir mais a camisola da Académica, até final da época, altura em que será um jogador livre. Ontem, fonte da Briosa dava conta, através da agência Lusa, dos passos que o clube pretende dar: "Vamos apresentar queixa na FIFA contra os empresários Salem Alwad Jawad e Pedro Romão por tentativa de aliciamento ao nosso jogador quando estava em negociações." O caso ainda deverá fazer correr muita tinta.

Empresário FIFA admite recorrer às vias judiciais

Confrontado com a intenção da Académica, de apresentar queixa na FIFA, o empresário Pedro Romão foi lesto a responder: "As notícias com que acabo de ser confrontado, a serem verdadeiras, são revoltantemente falsas, pelo que as considero atentatórias do meu bom nome e dignidade pessoal e profissional. Razão pela qual remeterei de imediato este assunto para contencioso a fim de serem intentadas as medidas judiciais que se tenham por convenientes, entre o mais, a participação-crime pelo delito de difamação".

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