nº espectadores: 3710
nota para Tiago Martins: 3
melhor do Paços: Vitor Silva
melhor da Briosa: Cédric
Crónica
AAC-OAF: Há ditados populares que, por vezes, colocam em causa a sabedoria do povo. E hoje foi um desses dias. Dizem que tantas vezes o cântaro vai à fonte que alguma vez há-de partir mas o Paços de Ferreira trouxe para Coimbra uma cântaro inquebrável. Pela esquerda, pela direita, pelo meio, de todas as formas, a Académica tentou de tudo mas ora Cássio parava as intenções da turma de Pedro Emanuel ora via os remates serem mal direccionados.
Houve de tudo, até um braço na bola dentro da área pacense, mas a grande penalidade assinalada contra a Briosa no Dragão não teve sequência num lance idêntico na área do Paços. Critérios...
Contra tudo lutou a Briosa, mais com o coração do que com a cabeça para contrariar um dia que parecia ter nascido de costas voltadas para a Académica. Os 3710 incansáveis espectadores que se deslocaram ao Estádio EFAPEL Cidade de Coimbra para apoiarem os "estudantes" não mereciam sair com o travo amargo da derrota.
O texto não pode terminar sem uma merecida referência ao Paços de Ferreira. A equipa de Henrique Calisto marcou na primeira oportunidade que teve, fechou as portas da defesa e espreitou o contra ataque em mais duas ou três ocasiões. O pragmatismo assim o obrigou.
MF: Castores fintam adversidade com mais três pontos diante de uma Briosa com queda para o masoquismo.
O P. Ferreira reagiu da melhor forma às inúmeras ausências - Henrique Calisto não pôde contar com Tony, Ricardo, Cohene, Michel e Manuel José, e só conseguiu reunir 16 jogadores para o jogo - e fez um jogo personalizado em Coimbra. Teve a sorte do seu lado, ao marcar na primeira vez que foi à baliza, quando a Académica dominava, mas juntou-lhe a competência, o rigor, e a capacidade de sofrimento quando foi preciso.
No final, os castores somaram a segunda vitória consecutiva depois de, há duas jornadas, terem vencido em Barcelos, ultrapassando assim na classificação justamente a Briosa, para se alcandorarem ao nono lugar, colados ao Rio Ave. Para quem andou a fugir à despromoção na primeira volta, não está nada mau, não senhor.
Quanto à Académica, continua a protagonizar uma época estranha. Tanto faz figura frente aos grandes e chega à final da Taça de Portugal, como se desmotiva logo a seguir, perante os da sua igualha. A equipa desconcentra-se com facilidade, comete erros imperdoáveis, e ainda tem um central (Abdoulaye) que parece fazer coleção de cartões vermelhos. Resultado: 11 jogos sem vitórias e quase seis meses sem um triunfo em casa!
Entrar a ganhar, que melhor tónico?
Os jogos começam todos com 0-0, mas estar a ganhar passados três ou quatro minutos é uma tremenda vantagem. Aconteceu com o Paços. No primeiro ataque, já depois de um par de investidas dos estudantes rumo à baliza de Cássio, Arturo Alvarez aproveitou um belo passe de Michel Lugo, isolou-se, e desviou a bola à saída de Peiser. Ferreira não fez mais do que confirmar o golo.
De repente, mudava tudo. Totalmente contra a corrente, os castores colocavam-se à frente do marcador e se alguma intranquilidade os tivesse acometido pelas várias baixas, o golo foi o melhor calmante, o melhor tónico, para os minutos seguintes. A Académica acusou o toque e procurou chegar à igualdade com tanta ansiedade que caiu facilmente no erro do jogo direto, beneficiando claramente quem defendia.
Pelo meio, um parêntesis para a saída de... Pedro Proença. O árbitro lisboeta, de regresso aos jogos da Liga depois do polémico Benfica-F.C. Porto, sentiu-se indisposto e teve de trocar de lugar com o quarto árbitro. Afinal, não são apenas os jogadores que precisam de ser substituídos ao longo de uma partida.
De regresso ao jogo jogado, destaque para uma oportunidade do tamanho do mundo para Melgarejo fazer o segundo. O paraguaio, discreto até então, fugiu a Abdoulaye e quase conseguia o chapéu a Peiser, mas o remate saiu com pouca altura e o francês, já sentado no chão, conseguiu agarrar a bola.
A Briosa não podia continuar a marcar passo em casa desta maneira e, depois do intervalo, mudou de atitude. Também meteu mais velocidade no jogo e passou a ser mais objetiva no último terço do terreno. O Paços teve de se encolher e passou, essencialmente, a preocupar-se com a necessidade de tapar os caminhos para a baliza de Cássio.
Pedro Emanuel alargou o ataque, Edinho cresceu a olhos vistos, e foram vários os estudantes que procuraram visar as redes à guarda do brasileiro, que respondeu sempre à altura. Com a expulsão de Abdoulaye, a quarta esta época, para «melhorar» o recorde, embora manifestamente exagerada, tudo se complicou e as hipóteses de lutar pelo empate também se desvaneceram.
Os estudantes são a única equipa que ainda não venceu em 2012 e, pelo andar da carruagem, não parecem predispostos a consegui-lo tão cedo. A menos que o próximo jogo, com o Sp. Braga, lá está, volte a colocar a motivação dos jogadores nos píncaros.
No final, os castores somaram a segunda vitória consecutiva depois de, há duas jornadas, terem vencido em Barcelos, ultrapassando assim na classificação justamente a Briosa, para se alcandorarem ao nono lugar, colados ao Rio Ave. Para quem andou a fugir à despromoção na primeira volta, não está nada mau, não senhor.
Quanto à Académica, continua a protagonizar uma época estranha. Tanto faz figura frente aos grandes e chega à final da Taça de Portugal, como se desmotiva logo a seguir, perante os da sua igualha. A equipa desconcentra-se com facilidade, comete erros imperdoáveis, e ainda tem um central (Abdoulaye) que parece fazer coleção de cartões vermelhos. Resultado: 11 jogos sem vitórias e quase seis meses sem um triunfo em casa!
Entrar a ganhar, que melhor tónico?
Os jogos começam todos com 0-0, mas estar a ganhar passados três ou quatro minutos é uma tremenda vantagem. Aconteceu com o Paços. No primeiro ataque, já depois de um par de investidas dos estudantes rumo à baliza de Cássio, Arturo Alvarez aproveitou um belo passe de Michel Lugo, isolou-se, e desviou a bola à saída de Peiser. Ferreira não fez mais do que confirmar o golo.
De repente, mudava tudo. Totalmente contra a corrente, os castores colocavam-se à frente do marcador e se alguma intranquilidade os tivesse acometido pelas várias baixas, o golo foi o melhor calmante, o melhor tónico, para os minutos seguintes. A Académica acusou o toque e procurou chegar à igualdade com tanta ansiedade que caiu facilmente no erro do jogo direto, beneficiando claramente quem defendia.
Pelo meio, um parêntesis para a saída de... Pedro Proença. O árbitro lisboeta, de regresso aos jogos da Liga depois do polémico Benfica-F.C. Porto, sentiu-se indisposto e teve de trocar de lugar com o quarto árbitro. Afinal, não são apenas os jogadores que precisam de ser substituídos ao longo de uma partida.
De regresso ao jogo jogado, destaque para uma oportunidade do tamanho do mundo para Melgarejo fazer o segundo. O paraguaio, discreto até então, fugiu a Abdoulaye e quase conseguia o chapéu a Peiser, mas o remate saiu com pouca altura e o francês, já sentado no chão, conseguiu agarrar a bola.
A Briosa não podia continuar a marcar passo em casa desta maneira e, depois do intervalo, mudou de atitude. Também meteu mais velocidade no jogo e passou a ser mais objetiva no último terço do terreno. O Paços teve de se encolher e passou, essencialmente, a preocupar-se com a necessidade de tapar os caminhos para a baliza de Cássio.
Pedro Emanuel alargou o ataque, Edinho cresceu a olhos vistos, e foram vários os estudantes que procuraram visar as redes à guarda do brasileiro, que respondeu sempre à altura. Com a expulsão de Abdoulaye, a quarta esta época, para «melhorar» o recorde, embora manifestamente exagerada, tudo se complicou e as hipóteses de lutar pelo empate também se desvaneceram.
Os estudantes são a única equipa que ainda não venceu em 2012 e, pelo andar da carruagem, não parecem predispostos a consegui-lo tão cedo. A menos que o próximo jogo, com o Sp. Braga, lá está, volte a colocar a motivação dos jogadores nos píncaros.
O Jogo: Feliz o treinador que tem suplentes destes. Nesse capítulo, Henrique Calisto, treinador do Paços de Ferreira, só pode ter saído satisfeito da cidade do Mondego. Privado de algumas unidades importantes - como são os casos de Ricardo, Manuel José e Michel -, o experiente treinador viu os substitutos destes dois últimos (Michel Lugo assistiu Arturo Alvarez) construírem um golo tão precoce como decisivo para as contas do jogo, mas, sobretudo, para a luta pela permanência. Os dois, quais heróis improváveis, tiveram um papel fulcral na retoma pacense, após a derrota caseira com o Benfica e agudizaram o jejum da Académica.
Os estudantes, que não sabem o que é vencer para o campeonato desde 12 de Dezembro - em Coimbra as vitórias não aparecem mesmo desde 26 de Setembro -, revelaram um problema que não é de agora. Acusaram muito o golo madrugador e a impaciência foi inimiga dos comandados de Pedro Emanuel que sentiram imensas dificuldades para ultrapassar a muralha pacense.
À falta de paciência juntou-se a ausência de pontaria, após o intervalo. O treinador academista arriscou tudo, com a entrada de Rui Miguel e, posteriormente, jogando com apenas três defesas, mas, o Paços,a defender bem e a contra-atacar quando era possível, estava confortável no jogo. E mais ficou quando, na reta final, o central Abdoulaye foi expulso (quarta vez esta época), numa decisão exagerada de Tiago Martins, mas que espelha o desnorte que tomou conta dos capas negras. Só a espaços conseguiram incomodar verdadeiramente Cássio, que fechou a baliza a sete chaves.
Opiniões
Pedro Emanuel, treinador da Académica, no final da derrota, em casa, com o P. Ferreira, neste domingo:
«O único que praticamente esteve cá foi o público, que merecia um melhor espetáculo da nossa parte. Não são tantos adeptos como queríamos, mas o meu obrigado para eles. Faltou-nos muita coisa, acima de tudo não conceder que o Paços marcasse cedo e se sentisse confortável, podendo apostar naquilo em que é melhor. Depois, é claro que começamos a sentir dificuldades de confiança, erra-se um passe, erram-se dois, e começam osproblemas de construção. Fizemos tudo, os jogadores correram, mas, por vezes, mal pela pressão de lutar contra o relógio. Houve muita vontade e determinação, mas resultados práticos apenas duas ou três oportunidades. O resultado mais justo seria o empate, mas o que fica para a história é que o Paços veio cá ganhar. Outra expulsão do Abdoulaye? São momentos do jogo, situações de sacrifício pela equipa. O jogador ia isolar-se e entre isso e a falta, optou pela segunda e foi expulso. Mas, claro, cinco expulsões em cinco jogos é algo que temos de levar em conta.»
«O único que praticamente esteve cá foi o público, que merecia um melhor espetáculo da nossa parte. Não são tantos adeptos como queríamos, mas o meu obrigado para eles. Faltou-nos muita coisa, acima de tudo não conceder que o Paços marcasse cedo e se sentisse confortável, podendo apostar naquilo em que é melhor. Depois, é claro que começamos a sentir dificuldades de confiança, erra-se um passe, erram-se dois, e começam osproblemas de construção. Fizemos tudo, os jogadores correram, mas, por vezes, mal pela pressão de lutar contra o relógio. Houve muita vontade e determinação, mas resultados práticos apenas duas ou três oportunidades. O resultado mais justo seria o empate, mas o que fica para a história é que o Paços veio cá ganhar. Outra expulsão do Abdoulaye? São momentos do jogo, situações de sacrifício pela equipa. O jogador ia isolar-se e entre isso e a falta, optou pela segunda e foi expulso. Mas, claro, cinco expulsões em cinco jogos é algo que temos de levar em conta.»
Henrique Calisto, treinador do P. Ferreira, em declarações depois da vitória diante da Académica, este domingo, em Coimbra:
«Esta vitória vale mais de três pontos e representa um passo de gigante na nossa luta pela permanência. Mas ainda não está nada feito. Hoje tivemos uma vitória sofrida em que pudemos jogar como gostamos. Marcámos o golo muito cedo e passámos a jogar em contra-ataque, mantendo o nosso bloco defensivo baixo. É este o nosso modelo de jogo, mesmo nos jogos em casa, onde temos jogado com os grandes, e ainda temos o F.C. Porto e o Braga. Os meus jogadores foram estoicos na tentativa de segurar os espaços atrás, foram pragmáticos e alcançámos três pontos que valem ouro. Para esta partida só tínhamos 16 jogadores disponíveis, entre os quais o Christian que ainda é júnior e jogou ontem pela equipa dele. Temos poucas soluções, mas contamos com estes jogadores que estão a 100%, e vamos esperar que os outros recuperem rápido. Podemos dizer que esta foi uma vitória de uma equipa de remendos, que soube defender quando necessário e sair bem em contra-ataque, demonstrando sempre grande respeito pela Académica. A nota artística não foi a melhor, mas os três pontos são muito importantes. Pelas minhas contas faltam-nos quatro pontos para assegurar a manutenção.»
«Esta vitória vale mais de três pontos e representa um passo de gigante na nossa luta pela permanência. Mas ainda não está nada feito. Hoje tivemos uma vitória sofrida em que pudemos jogar como gostamos. Marcámos o golo muito cedo e passámos a jogar em contra-ataque, mantendo o nosso bloco defensivo baixo. É este o nosso modelo de jogo, mesmo nos jogos em casa, onde temos jogado com os grandes, e ainda temos o F.C. Porto e o Braga. Os meus jogadores foram estoicos na tentativa de segurar os espaços atrás, foram pragmáticos e alcançámos três pontos que valem ouro. Para esta partida só tínhamos 16 jogadores disponíveis, entre os quais o Christian que ainda é júnior e jogou ontem pela equipa dele. Temos poucas soluções, mas contamos com estes jogadores que estão a 100%, e vamos esperar que os outros recuperem rápido. Podemos dizer que esta foi uma vitória de uma equipa de remendos, que soube defender quando necessário e sair bem em contra-ataque, demonstrando sempre grande respeito pela Académica. A nota artística não foi a melhor, mas os três pontos são muito importantes. Pelas minhas contas faltam-nos quatro pontos para assegurar a manutenção.»
Flávio, jogador da Académica, em declarações após a derrota sofrida este domingo, em Coimbra, diante do Paços de Ferreira:
«Nós sabíamos a forma como o Paços se ia apresentar hoje aqui, a apostar no contra-ataque. Penso que nos faltou um pouco de sorte, mas temos de continuar a trabalhar em busca da vitória que já nos foge há algum tempo. Hoje sofremos um golo muito cedo, sabíamos que ainda tínhamos muito tempo, conseguimos criar oportunidades, mas não as concretizámos. Não conseguimos o jogo que queríamos, mas só com trabalho a vitória vai surgir. Vamos ter de nos unir ainda mais e tentar alcançá-la já no próximo jogo, sem pensar no que ficou para trás.»
«Nós sabíamos a forma como o Paços se ia apresentar hoje aqui, a apostar no contra-ataque. Penso que nos faltou um pouco de sorte, mas temos de continuar a trabalhar em busca da vitória que já nos foge há algum tempo. Hoje sofremos um golo muito cedo, sabíamos que ainda tínhamos muito tempo, conseguimos criar oportunidades, mas não as concretizámos. Não conseguimos o jogo que queríamos, mas só com trabalho a vitória vai surgir. Vamos ter de nos unir ainda mais e tentar alcançá-la já no próximo jogo, sem pensar no que ficou para trás.»
Cássio, guarda-redes do P. Ferreira, no final da vitória sobre a Académica, este domingo, em Coimbra:
«Sabíamos que vínhamos sofrer aqui um bocado. A Académica é uma equipa forte e estava moralizada pelo empate com o Porto. Além disso, durante a semana, deram a entender que este era o jogo para dar volta e voltar a vencer. Soubemos sofrer, defendemos muito, o pessoal da frente ajudou, e foi uma vitória saborosa. Não terminou aqui. Temos mais sete jogos. Vamos comemorar a vitória, mas, terça-feira, vamos já pensar no Porto. O pensamento para esse encontro será o mesmo. Jogamos em casa, temos o nosso modelo de jogo, e, independentemente do adversário, em todos os jogos, tentamos colocá-lo em prática. O nosso objetivo é fazer 30 pontos, faltam mais seis.»
«Sabíamos que vínhamos sofrer aqui um bocado. A Académica é uma equipa forte e estava moralizada pelo empate com o Porto. Além disso, durante a semana, deram a entender que este era o jogo para dar volta e voltar a vencer. Soubemos sofrer, defendemos muito, o pessoal da frente ajudou, e foi uma vitória saborosa. Não terminou aqui. Temos mais sete jogos. Vamos comemorar a vitória, mas, terça-feira, vamos já pensar no Porto. O pensamento para esse encontro será o mesmo. Jogamos em casa, temos o nosso modelo de jogo, e, independentemente do adversário, em todos os jogos, tentamos colocá-lo em prática. O nosso objetivo é fazer 30 pontos, faltam mais seis.»
Destaques
A figura: Vítor Emanuel
Uma formiguinha no miolo dos castores. Rigoroso, competente, raramente perde uma bola e tem técnica suficiente para sair com ela junto ao pé e iniciar o ataque. Além disso, parece equipado com pilhas alcalinas: corre, corre, e parece não se cansar. Encheu o meio-campo e, qual eucalipto, secou tudo à volta.
Arturo Alvarez
Entrou a frio contra o Benfica, para substituir o lesionado Manuel José, e manteve-se na equipa em Coimbra. Quando ainda ninguém tinha mostrado serviço, já comemorava um golo. Astuto, desmarcou-se a preceito quando Michel Lugo fez o passe e soube desviar a bola, com frieza, do atónito Peiser. Boa estreia a titular.
Cédric
Apanhado a frio, deixou escapar Artur Alvarez nas costas para o golo, mas não se deixou afetar. Fui subindo progressivamente de produção até alcançar o título de jogador com mais cruzamentos para área. Pena foi que os colegas não tivessem sabido aproveitar a qualidade dos passes do lateral.
Edinho
É daqueles jogadores que tanto faz algo bem feito como, a seguir, um disparate de todo o tamanho. Desastrado por vezes, apenas azarado noutras, foi o espelho da impotência da equipa para conseguir virar o marcador.
Cássio
Sem ter atingido um nível extraordinário, foi precioso no momento de maior assédio da Académica. Sempre atento, mostrou segurança a toda a prova, defendendo quase sempre à primeira os remates, evidenciando tranquilidade absoluta.
Uma formiguinha no miolo dos castores. Rigoroso, competente, raramente perde uma bola e tem técnica suficiente para sair com ela junto ao pé e iniciar o ataque. Além disso, parece equipado com pilhas alcalinas: corre, corre, e parece não se cansar. Encheu o meio-campo e, qual eucalipto, secou tudo à volta.
Arturo Alvarez
Entrou a frio contra o Benfica, para substituir o lesionado Manuel José, e manteve-se na equipa em Coimbra. Quando ainda ninguém tinha mostrado serviço, já comemorava um golo. Astuto, desmarcou-se a preceito quando Michel Lugo fez o passe e soube desviar a bola, com frieza, do atónito Peiser. Boa estreia a titular.
Cédric
Apanhado a frio, deixou escapar Artur Alvarez nas costas para o golo, mas não se deixou afetar. Fui subindo progressivamente de produção até alcançar o título de jogador com mais cruzamentos para área. Pena foi que os colegas não tivessem sabido aproveitar a qualidade dos passes do lateral.
Edinho
É daqueles jogadores que tanto faz algo bem feito como, a seguir, um disparate de todo o tamanho. Desastrado por vezes, apenas azarado noutras, foi o espelho da impotência da equipa para conseguir virar o marcador.
Cássio
Sem ter atingido um nível extraordinário, foi precioso no momento de maior assédio da Académica. Sempre atento, mostrou segurança a toda a prova, defendendo quase sempre à primeira os remates, evidenciando tranquilidade absoluta.
Destaques O Jogo:
Académica
Cédric 6 - O melhor entre os anfitriões. Pôs Melgarejo no bolso e procurou criar desequilíbrios com as arrancadas pela direita.
Flávio Ferreira 6 - Regressou ao onze para jogar no sector intermediário. Remou muito contra a maré. Sempre no sítio certo.
Edinho 6 - Andou a cheirar o golo. Inconformado, deu imensa luta a Anunciação e Ozéia, mas no duelo com Cássio foi o guarda-redes quem se ficou a rir.
Adrien Silva 6 - Apesar de jogar limitado fisicamente, nunca desistiu. Empurrou a equipa para a frente, mas nem sempre foi bem correspondido.
Diogo Valente 5 - Protagonista de alguns dos lances mais perigosos. A pontaria não quis nada com ele.
Nivaldo 5 - Foi, muitas vezes, extremo-esquerdo, tal a liberdade que teve em campo. Voluntarioso, nem sempre feliz.
Paços de Ferreira
André Leão 6 - Importante o papel que desempenhou. Óptima ocupação dos espaços do médio que iniciou a jogada do golo.
Michel Lugo 6 - Saiu ao intervalo, mas, de certeza, com a consciência tranquila. Fez a assistência para o golo de Arturo Alvarez.
Luisinho 6 - Certinho no lado esquerdo da defesa para azar de Saulo que teve dificuldades para bater o defesa. Protagonizou cortes providenciais.
Ozéia 6 - Aproveitou a ausência de Ricardo para dizer a Calisto que pode contar com ele. No jogo aéreo foi quase tudo dele.
Cássio 6 - Já terá tido tardes com mais trabalho. Só que tudo o que lhe apareceu pela frente soube opor-se com qualidade.
Vítor 6 - O mais talentoso do meio-campo. As jogadas de ataque passaram-lhe quase todas pelos pés.
Cédric 6 - O melhor entre os anfitriões. Pôs Melgarejo no bolso e procurou criar desequilíbrios com as arrancadas pela direita.
Flávio Ferreira 6 - Regressou ao onze para jogar no sector intermediário. Remou muito contra a maré. Sempre no sítio certo.
Edinho 6 - Andou a cheirar o golo. Inconformado, deu imensa luta a Anunciação e Ozéia, mas no duelo com Cássio foi o guarda-redes quem se ficou a rir.
Adrien Silva 6 - Apesar de jogar limitado fisicamente, nunca desistiu. Empurrou a equipa para a frente, mas nem sempre foi bem correspondido.
Diogo Valente 5 - Protagonista de alguns dos lances mais perigosos. A pontaria não quis nada com ele.
Nivaldo 5 - Foi, muitas vezes, extremo-esquerdo, tal a liberdade que teve em campo. Voluntarioso, nem sempre feliz.
Paços de Ferreira
André Leão 6 - Importante o papel que desempenhou. Óptima ocupação dos espaços do médio que iniciou a jogada do golo.
Michel Lugo 6 - Saiu ao intervalo, mas, de certeza, com a consciência tranquila. Fez a assistência para o golo de Arturo Alvarez.
Luisinho 6 - Certinho no lado esquerdo da defesa para azar de Saulo que teve dificuldades para bater o defesa. Protagonizou cortes providenciais.
Ozéia 6 - Aproveitou a ausência de Ricardo para dizer a Calisto que pode contar com ele. No jogo aéreo foi quase tudo dele.
Cássio 6 - Já terá tido tardes com mais trabalho. Só que tudo o que lhe apareceu pela frente soube opor-se com qualidade.
Vítor 6 - O mais talentoso do meio-campo. As jogadas de ataque passaram-lhe quase todas pelos pés.
Minuto a minuto
90' FINAL DO JOGO! Académica - 0 P. Ferreira - 1. O Paços soma a segunda vitória fora de casa consecutiva e sobe ao nono lugar, junto ao Rio Ave. A Académica já não ganha há 11 jogos...
90' CARTÃO AMARELO para Rui Miguel (Académica )
90' Mais quatro minutos...
84' SUBSTITUIÇÃO Académica . Sai Saulo entra Marinho
82' CARTÃO AMARELO para Danilo (Académica )
81' A Académica fica reduzida a 10 e sem centrais de raiz neste momento!
79' CARTÃO VERMELHO para Abdoulaye Ba (Académica). Quarta expulsão do senegalês, o recordista da Liga, e logo no jogo em que regressava depois de três jogos de castigo!! Mas esta pareceu manifestamente exagerada...
75' SUBSTITUIÇÃO Académica . Sai Reiner Ferreira entra Danilo
75' SUBSTITUIÇÃO P. Ferreira . Sai Arturo Alvarez entra Josué
73' Cédric mais uma vez num cruzamento, Rui Miguel cabeceia, mas Cássio defende outra vez!
69' COMO É POSSÍVEL??!!! Cédric cruzou, a bola atravessou toda a pequena área e ninguém consegue a emenda!!!
66' CÁSSIO DEFENDE O CABECEAMENTO DE EDINHO!! Em salto de peixe, quase ao nível do solo, o avançado mergulho perante o cruzamento longo de Abdoulaye, mas o brasileiro amarra com segurança!!
61' CARTÃO AMARELO para Flávio Ferreira (Académica )
61' SUBSTITUIÇÃO P. Ferreira . Sai Sassá, lesionado, entra Caetano
59' Mais um jogador do Paços no chão... a Mancha Negra grita: joguem à bola!
58' SUBSTITUIÇÃO Académica . Sai David Simão entra Rui Miguel
56' CARTÃO AMARELO para Luisinho (P. Ferreira )
54' Mais um tiro de Edinho! Há mais Académica na segunda parte!
52' DIOGO VALENTE A RASAR O POSTE!!! Grande remate do esquerdino!!!
50' André Leão no chão... entra o médico do Paços!
49' Que mal Edinho!!! Adrien entra na área, mete para trás, mas o remate do internacional português sai tão mal, tão mal...
46' RECOMEÇA A PARTIDA
45' SUBSTITUIÇÃO P. Ferreira . Sai Michel Lugo entra Sassá
45' INTERVALO NA PARTIDA ENTRE Académica e P. Ferreira. Os castores colocaram-se em vantagem no primeiro ataque do jogo, jogaram de forma tranquila perante uma Académica muito fraca, e até podiam ter feito o segundo mesmo ao cair do pano sobre o intervalo!
45' MELGAREJO À BEIRA DO SEGUNDO!!! O paraguaio fugiu a Abdoulaye, sobre a esquerda, sentou Peiser, mas o chapéu saiu baixo permitindo ao francês ainda agarrar a bola com uma mão!!!
45' Proença levanta a placa: mais três minutos!
39' Ozéia, na área estudantil, consegue rematar duas vezes, mas a bola vai ao lado...
33' Confusão na área do Paços, entre Edinho e Saulo, mas a mancha de Cássio salva o remate do brasileiro!
29' Nuno Santos em dificuldades, jogo interrompido para assistência ao jogador do Paços...
26' Paços à beira do segundo, falha Michel Lugo!!
22' A Académica tenta furar a defesa do Paços, mas está a complicar os processos, apostando no jogo direto...
15' Abdoulaye falha o cabeceamento na cara de Cássio!!!
14' Confirma-se: entra Tiago Martins, o quarto árbitro para o seu lugar. O árbitro de Lisboa ainda foi observado pela equipa médica da Académica e preferiu não arriscar.
12' Pedro Proença vai ser substituído!!
8' A Académica responde com uma sucessão de cantos!!
7' Livre indireto na área do Paços!
4' GOOOOOOOLLLLLOOOOOOO!!! P. FERREIRA ! 0-1 por Arturo Alvarez. No primeiro ataque, Michel Lugo desmarca Alvarez, nas costas de Cédric, Peiser sai da baliza, mas não evita o desvio acabando por ser Ferreira o último a tocar na bola, mas ela ia entrar na mesma!!!
3' David Simão faz o segundo, também de fora da área, e também ao lado e fraco...
3' Flávio Ferreira faz o primeiro remate da tarde, ao lado...
1' COMEÇA A PARTIDA ENTRE Académica e P. Ferreira
0' A partida vai começar com atraso...
0' E toca a música do Rocky III ao mesmo tempo que três patos cruzam o estádio em voo apressado...
0' Este encontro tem a particularidade de colocar David Simão frente-a-frente com a equipa que representou na época passada, também por empréstimo do Benfica.
0' Nota para o pouco público nas bancadas pese o fato de se tratar de um jogo às 16 horas de um domingo e sem transmissão na televisão, coisa rara com a Académica!
0' A Briosa tem sentido, todavia, algumas dificuldades nas últimas duas épocas, em que não foi além de duas igualdades.
0' Na primeira volta, os pacenses superiorizaram-se, vencendo por duas bolas sem resposta.
0' No histórico de confrontos, a superioridade pertence, de forma natural, à Académica, com sete vitórias contra três dos castores, e houve ainda três empates.
0' Depois das três vitórias consecutivas, entre a 16º e a 18ª jornadas, as últimas quatro rondas marcaram uma desaceleração dos castores: três derrotas, a última das quais na semana passada, com o Benfica, intercalas por um triunfo, frente ao Gil.
0' Mais recentemente, enfrentaram o Benfica e o F.C. Porto, com quem empataram, lançando as bases para uma melhoria à qual só falta mesmo voltar a vencer um jogo.
0' São 10 jogos seguidos sem vitórias, a mais longa série em curso do campeonato, mas, nesse período, também só perderam por três vezes.
0' Os estudantes não ganham em casa para o campeonato desde 26 de setembro e, no cômputo geral, não somam um triunfo na Liga há mais de três meses.
0' Em rigor, Henrique Calisto só conseguiu reunir 16 jogadores para este encontro, uma vez que Cohene nem para o banco foi...
0' CONVOCADOS DO P. FERREIRA: guarda-redes - Cássio e António Filipe; defesas: Tony, Javier Cohene, Ricardo, Ozéia, Nuno Santos e Luisinho; médios: André Leão, Filipe Anunciação, Luiz Carlos, Vítor Emanuel, Josué e Arturo Álvarez; avançados: Michel Lugo, Sassá, Melgarejo, Caetano, Manuel José, Michel e Christian.
0' Ora, apesar das muitas baixas na equipa, Calisto decidiu convocar todo o plantel para Coimbra, lesionados e castigados incluídos. No entanto, o técnico só tem 17 jogadores aptos para a partida.
0' O técnico dos pacenses tem muitas baixas. Michel e Ricardo foram expulsos frente ao Benfica, Manuel José lesionou-se também nesse encontro, e há mais problemas físicos, como por exemplo Cohene, que recuperou mas está sem ritmo.
0' Henrique Calisto antevê dificuldades para este jogo em Coimbra, diante de uma Académica «moralizada pelo bom resultado frente ao FC Porto», na última jornada.
0' CONVOCADOS DA ACADÉMICA: guarda-redes - Peiser e Ricardo; defesas - Cédric, João Dias, Abdoulaye, Reiner Ferreira e Nivaldo; médios - Flávio Ferreira, Adrien, Hugo Morais, David Simão e Danilo; avançados - Marinho, Saulo, Rui Miguel, Edinho, Magique e Diogo Valente.
0' Éder, como é sabido, enfrenta um processo disciplinar e, atualmente, também é «cliente» do departamento clínico dos estudantes, depois de ter sido operado ao menisco.
0' Falham ainda a partida Fábio Santos, Mvom e Willian Araújo, todos por opção, ao passo que João Real, Diogo Gomes, Orlando e Fábio Luís continuam em recuperação.
0' Nota ainda para o fato de Hélder Cabral, que estava de novo disponível depois de ter cumprido um jogo de castigo, continuar de fora, agora por opção, sinal de que o jovem Nivaldo vai continuar como «dono» do lado esquerdo da defesa.
0' A lista de Pedro Emanuel volta a contemplar 18 jogadores, pelo que para a entrada do senegalês verificam-se duas saídas: Habib e Diogo Melo, ambos suspensos na sequência do jogo no Dragão, na semana passada.
0' O regresso do central Abdoulaye, depois de ter cumprido três jogos de castigo, é a maior novidade da lista de convocados da Académica para este jogo.
0' Quanto aos castores, se vencerem, ultrapassarão o adversário desta tarde na tabela e ficarão com os mesmos pontos do Rio Ave, no nono lugar.
0' Em caso de vitória, os estudantes atingem 26 pontos, margem com a qual nunca nenhuma equipa desceu desde que o campeonato passou a ser disputado por 16 equipas. Mais: podem colar-se ao Nacional, no oitavo lugar.
0' A Académica ocupa o 11º lugar da classificação, com 23 pontos, enquanto o Paços está no lugar imediatamente abaixo, com menos dois.
0' Será o regresso do juiz lisboeta aos jogos da Liga depois do polémico Benfica-F.C. Porto da 21ª jornada...
0' O árbitro da partida será Pedro Proença, auxiliado por Tiago Trigo e André Campos. O quarto árbitro é Tiago Martins.
0' P. FERREIRA: Cássio; Nuno Santos, Filipe Anunciação, Ozeia e Luisinho; André Leão; Vítor Emanuel e Luiz Carlos; Arturo Álvarez, Michel Lugo e Melgarejo. SUPLENTES: António Filipe, Josué, Caetano, Sassá e Christian.
0' ACADÉMICA: Peiser; Cédric, Abdoulaye, Reiner e Nivaldo; Flávio Ferreira; Adrien e David Simão; Saulo, Edinho e Diogo Valente. SUPLENTES: Ricardo, João Dias, Hugo Morais, Danilo, Magique, Rui Miguel e Marinho.
0' E sem mais delongas, avançamos as equipas oficias...
0' Boa tarde. Bem-vindos ao Académica-Paços de Ferreira, jogo da 23ª jornada da Liga para acompanhar, ao minuto, aqui, no Maisfutebol. Fique ligado!
Árbitro
Tiago Martins, nota 3
Proença sente-se mal; Árbitro pediu para sair aos onze minutos e foi substituído por Tiago Martins, que desempenhava as funções de quarto árbitro.
O árbitro Pedro Proença sentiu-se mal esta tarde, enquanto apitava o Académica-P. Ferreira. Estavam decorridos onze minutos quando o juiz lisboeta começou a sentir-se mal e pediu para sair.
Proença foi então observado pela equipa médica da Académica, tanto médico quanto enfermeiro, tendo abandonado o jogo de imediato para se ir sentar no banco do quarto árbitro.
Tiago Martins, que desempenhava as funções de quarto árbitro, entrou então para dirigir o encontro, substituindo Pedro Proença.
Recorde-se que esta jornada, já Jorge Sousa tinha sido substituído do Gil Vicente-Sporting, também por problemas físicos, ele que foi vítima em Milão de uma gastroenterite. Foi substituído por Bruno Paixão.
Curiosamente, Pedro Proença liderava essa equipa de arbitragem que esteve em Milão, em jogo da Liga dos Campeões.
No final da partida de Coimbra, segundo informação prestada pelo delegado da Liga, confirmou-se que o árbitro lisboeta sofreu um «princípio de gastroenterite».
Proença foi então observado pela equipa médica da Académica, tanto médico quanto enfermeiro, tendo abandonado o jogo de imediato para se ir sentar no banco do quarto árbitro.
Tiago Martins, que desempenhava as funções de quarto árbitro, entrou então para dirigir o encontro, substituindo Pedro Proença.
Recorde-se que esta jornada, já Jorge Sousa tinha sido substituído do Gil Vicente-Sporting, também por problemas físicos, ele que foi vítima em Milão de uma gastroenterite. Foi substituído por Bruno Paixão.
Curiosamente, Pedro Proença liderava essa equipa de arbitragem que esteve em Milão, em jogo da Liga dos Campeões.
No final da partida de Coimbra, segundo informação prestada pelo delegado da Liga, confirmou-se que o árbitro lisboeta sofreu um «princípio de gastroenterite».
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