24 de outubro de 2012

Marinho: «Se perder 1-0 com o Atl. Madrid fosse bom, ficávamos em casa»


A Académica enfrenta esta quinta-feira o terror de Espanha. O colossal Atlético de Madrid, vendedor da última Liga Europa, da Supertaça europeia, atual líder da Liga espanhola sem derrotas, a par do Barcelona. Fiquemo-nos apenas por aqui. Porque haveria muito mais a dizer para vincar as diferenças entre a equipa de Falcao e aquela que viajará desde Coimbra.

«Vemos tudo isto de uma forma que nos dá ainda mais motivação, porque são estes os jogos que todos os jogadores querem jogar e não fugimos à regra. Motiva-nos. A responsabilidade, a pressão, é toda deles. Não só por serem detentores do título, mas também por não terem ainda perdido esta época», relativizou esta terça-feira o extremo Marinho.

O herói da Taça de Portugal, por ter marcado o golo que derrotou o Sporting no Jamor em Maio, foi o escolhido pelo clube para falar aos jornalistas desta tarefa hercúlea que passa por evitar aquilo que o conjunto espanhol tem feito, invariavelmente, até agora...

«Não passa só pela mensagem do treinador, todos os jogadores devem ter ambição. Um resultado positivo é a vitória, isto dito antes do jogo. Depois, o decorrer do encontro vai nos dar o que poderá ser um desfecho positivo. Mas não vamos entrar derrotados, saímos daqui com esperança de volta com um resultado digno.»

«Como tenho dito, e tem sido esse o discurso de toda a equipa, esta prova é um prémio para nós, do qual queremos desfrutar, mas com vitórias e resultados positivos. Se perder 1-0 com o Atlético de Madrid fosse bom, ficávamos em casa», assegurou, descrevendo ainda Falcao numa só palavra: «Fantástico.»

«Se tivermos a bola 90 minutos eles não marcam de certeza»

Marinho reconhece que este será «um dos jogos mais difíceis» da sua carreira, mas, em simultâneo, também um dos mais fáceis «pela questão de prazer e vontade de o jogar». «Ganhar no Vicente Calderón? Não vamos dizer que não sonhamos com isso. É óbvio que gostávamos de sair de lá com um bom resultado», admitiu.

Entre o sonho e a realidade, o avançado foi desafiado a assumir o papel de técnico e explicar como é que se deve enfrentar uma equipa tão forte, ainda por cima a jogar em casa. A resposta saiu com um toque de humor:

«Se tivermos a bola durante os 90 minutos eles não vão marcar golos de certeza [risos]... mas sabemos que será complicado. Já com o Ponte da Barca o foi no domingo, quanto mais em Madrid. Mas temos de entrar como temos feito até aqui, com muita concentração, humildade, entreajuda e amizade dentro de campo.»

A azáfama de jogos, uma vez que a Académica ainda continua envolvida em todas as provas, parece não afetar os jogadores. O cansaço pode surgir, mas, como explica o rei das assistências da equipa, até parece que nem se sente: «Qualquer jogador gosta é de jogar. Há os treinos, mas o que dá mais prazer é o jogo. A semana tem de ser diferente, mas nós queremos é jogar.»

Por falar em treinos, a Briosa prosseguiu esta terça-feira a preparação com mais uma sessão aberta apenas nos primeiros 15 minutos (há coisas que nem a Liga Europa muda...), em que foi possível perceber que há seis baixas: Reiner Ferreira, João Real, Hélder Cabral, Marcos Paulo, Carlos Saleiro e Magique, todos eles afastados do encontro com os «colchoneros».

Sobram assim 20 jogadores elegíveis para a UEFA, incluindo o terceiro guarda-redes, Fábio Santos, inscrito pela lista B. A comitiva parte esta quarta-feira, logo pela manhã, e haverá conferência de Imprensa às 18h30, seguida do treino de adaptação ao relvado e luz artificial do Vicente Calderón.

in maisfutebol.iol.pt

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