31 de dezembro de 2012

2012/2013 - Taça da Liga: 3F - 2J - Académica 0 - Olhanense 0




A Académica empatou este domingo com o Olhanense a zero bolas numa partida que contou para a segunda jornada do Grupo D da Taça da Liga. Os "estudantes" procuravam a primeira vitória na competição, tiveram oportunidades para levar de vencida os algarvios mas a expulsão de Halliche, na etapa complementar, retirou ambição à Briosa.

O conjunto liderado por Pedro Emanuel entrou bem na partida, dominou o meio campo e esteve várias vezes perto de inaugurar a contagem, sobretudo por intermédio de Carlos Saleiro, mas o golo não aconteceu. Pedro Emanuel tinha uma novidade guardada para o sector intermediário (Marcos Paulo) e a verdade é que o jogador brasileiro foi um importante pêndulo entre a defesa e o ataque e foi através dele que se desenharam alguns lances de perigo.

Na segunda parte, os algarvios conseguiram equilibrar a partida, sobretudo devido ao facto de a Académica passar a jogar com menos um elemento, devido à expulsão de Halliche. No meio de tantos sururus que existiram dentro de ambas as áreas, João Ferreira conseguiu a proeza de aproveitar um desses momentos para expulsar um atleta da Briosa...

Até final, a Académica perdeu um pouco da superioridade que vinha a evidenciar desde então mas ainda conseguiu colocar em sobressalto o guardião Ricardo, embora sem efeitos práticos.

A Briosa termina o ano 2012 com um empate e volta a jogar no próximo dia 5 de Janeiro em Coimbra, desta feita frente ao Vit. Setúbal em jogo do campeonato.

texto e ficha de jogo: AAC-OAF

nº espectadores: 920

Crónica 

MF:  Académica e Olhanense empatam a zero, num jogo com poucas oportunidades de golo, mas com o maior perigo a ser criado pelos estudantes, sobretudo na primeira parte. Com este resultado, e o empate que se registou entre Moreirense e Benfica, está tudo em aberto para a última jornada do grupo D. Só o Olhanense já está fora das meias-finais.

Os algarvios deslocaram-se a Coimbra com apenas 16 jogadores disponíveis. «Tenho a certeza que os que vão, estarão muito concentrados e empenhados, com grande espírito de grupo e força interior, e é nas fragilidades e dificuldades que este grupo se vai revelar», vaticinou Sérgio Conceição na antevisão da partida.

Assim foi. Os jogadores mantiveram-se sempre muito unidos e tentaram surpreender os estudantes em contra-ataque. Mas falta gente a este Olhanense. Os jogadores lutaram, não deram muito espaço à Académica, mas mesmo a jogar com mais um jogador, raramente incomodaram Peiser.

Os estudantes entraram melhor. Autoritários na posse de bola e incisivos na procura da baliza de Ricardo. Saleiro esteve perto do golo em três ocasiões, e se uma vez viu Ricardo negar-lhe o golo com uma defesa de grande qualidade, nas outras duas podia ter feito bem melhor. Sobretudo aos 21 minutos desequilibrando-se e atirando ao lado, quando estava isolado perante Ricardo.

O Olhanense tentava sair em contra-ataque, mas encontrou a defesa academista sempre bem colocada. Os algarvios só criaram perigo quando Evandro intercetou um mau atraso de Cissé, colocou em Abdi só que o somali demorou demasiado tempo e permitiu que Halliche evitasse males maiores para a baliza de Peiser.

De resto, só de bola parada é que o Olhanense deu trabalho ao guardião francês, durante toda a primeira parte. Ao intervalo o empate a zero aceitava-se, mas era mais lisonjeiro para os algarvios.

Makelele descomplica, Halliche dificulta

Entrado na parte final do primeiro tempo para substituir o lesionado Ogu, Makelele tornou o jogo academista mais fluido. O médio brasileiro conduz muito bem a bola e a excelente visão de jogo, aliada à qualidade de passe fez com que os estudantes passassem a jogar mais de pé para pé.

Mas o que não vinha nos planos era a expulsão de Halliche. O argelino que já tinha visto um cartão amarelo na primeira parte, à passagem do minuto 65 envolveu-se com Evandro Brandão e viu o segundo amarelo, deixando a equipa reduzida a dez elementos, com muito tempo pela frente.

Com mais um jogador o Olhanense passou a tomar conta do jogo, contudo continuou sem criar perigo efetivo para a baliza da Académica. Por seu turno, os estudantes passaram a jogar em contra-ataque, mas também não voltaram a conseguir criar oportunidades de perigo, até ao terceiro minuto dos descontos.

Quase no soar do gongo, João Real na recarga a um remate de Cissé teve tudo para dar a vitória aos estudantes, mas Ricardo fez muito bem a mancha e não permitiu que os estudantes partissem para a última jornada na liderança do grupo, a par do Benfica. Ainda assim, uma vitória na Luz na terceira e última jornada coloca os estudantes perto das meias-finais.


Opiniões


Pedro Emanuel, treinador da Académica, em declarações após o empate com o Olhanense, em partida relativa à segunda jornada do Grupo D da Taça da Liga, este domingo, em Coimbra:

«Fizemos um grande jogo. Fomos superiores ao nosso adversário em muitos momentos da partida. Soubemos controlar as saídas perigosas que o Olhanense costuma fazer, e tentámos sempre criar situações de golo. Fico satisfeito com a postura da equipa, a grande personalidade e qualidade na maior parte do tempo de jogo. Mas é claro que se torna complicado terminar sempre os jogos com dez jogadores. Sobretudo porque isso tem acontecido em momentos em que queremos acelerar o jogo, como era o caso hoje. Acho que por vezes temos de deixar que o espetáculo decorra. Acabámos por levar um ponto, mas penso que merecíamos a vitória pelo que produzimos, e no último suspiro do jogo poderíamos ter ganho, e é essa a imagem que fica. Sabemos que face ao empate que se registou no outro jogo do grupo mantemos viva a possibilidade de apuramento.»


Sérgio Conceição, treinador do Olhanense em declarações após o adeus dos algarvios às possibilidades de se apurarem para as meias-finais da Taça da Liga, devido ao empate a zero que se registou na partida entre a Académica e o Olhanense, neste domingo, em Coimbra:

«Foi um jogo muito disputado, talvez não bem jogado, com períodos em que a Académica esteve por cima, outros em que o Olhanense esteve melhor. Poderíamos e deveríamos ter feito mais quando a Académica ficou com menos um jogador. Faltou-nos um pouco de agressividade em termos ofensivos. Mas estivemos consistentes, bem organizados defensivamente e temos de partir desta base para encarar o futuro com otimismo. Sabemos que estamos limitados, mas não vou utilizar isso como desculpa.

Nós tínhamos três objetivos para está época, sendo que o principal é a manutenção da equipa na primeira divisão. Na Taça de Portugal e na Taça da Liga o objetivo era chegar o mais longe possível. Na Taça de Portugal, em Paços de Ferreira, tendo o jogo completamente controlado e a ganhar, a expulsão de um jogador nosso limitou a equipa, que em dois minutos sofreu dois golos. Agora também estamos fora da Taça da Liga, mas mantemos a luta pelo nosso principal objetivo.»



texto e fotos: Maisfutebol


Outros


Quando faltavam mais de 20 minutos para o apito final, o árbitro setubalense João Ferreira decidiu expulsar Halliche, por acumulação de cartões. O argelino já estava “amarelado” e na sequência de uma picardia com o avançado do Olhanense, Evandro Brandão, foi mais cedo para os balneários, deixando Pedro Emanuel no banco de suplentes muito desagradado com a decisão do juiz.

Na sala de imprensa, Pedro Emanuel comparou a expulsão de Halliche à de Nivaldo, castigado também com duplo amarelo a 19 de dezembro, na 1.ª jornada da fase de grupos da Taça da Liga, em Moreira de Cónegos. “Acho que é uma decisão parecida à desse jogo com o Moreirense... Por vezes, temos de deixar que o espetáculo decorra”, lamentou, em jeito de recado ao árbitro João Ferreira.
in record

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