10 de dezembro de 2014

Contas da SDUQ aprovadas em Assembleia Geral

Os associados da Académica aprovaram, esta terça-feira à noite, em Assembleia Geral (AG), o Relatório e Contas relativo ao exercício 2013/2014 da SDUQ.

Na reunião magna, que decorreu na Sala de Imprensa do Estádio Cidade de Coimbra, o documento, que apresenta um resultado negativo de 820.271.59 euros, foi aprovado com 51 votos a favor, 10 abstenções e 34 votos contra.

Na ocasião, foi também votado favoravelmente o ponto n.º 2 da Ordem de Trabalhos, referente à «Autorização, nos termos no n.º2 do artigo 11º do contrato de sociedade da AAC/OAF – SDUQ, Lda., do representante do sócio único a declarar a vontade deste no tocante à aprovação do relatório de gestão e das contas do exercício, atribuição de lucros e tratamento dos prejuízos propostos pela Gerência, na Assembleia Geral desta sociedade convocada para apreciação das contas do exercício de 2013/2014». Nesta temática, registaram-se 53 votos a favor, 13 abstenções e 36 votos contra.

Refira-se ainda que, logo no início da reunião, Alfredo Castanheira Neves, presidente da Mesa da Assembleia Geral, fez questão de, em nome da Mesa, solicitar aos associados presentes uma homenagem a Mário Campos, figura história da Académica, que recentemente recebeu a Medalha de Mérito da Ordem dos Médicos. A plateia respondeu em uníssono, com uma imensa salva de palmas que culminou com um discurso de agradecimento sentido de Mário Campos.

«SDUQ está numa situação de falência técnica» - Nuno Oliveira

Um dos sócios da Briosa que fez questão de usar da palavra durante a AG foi Nuno Oliveira, candidato derrotado nas últimas eleições para a presidência do clube. O jovem advogado, quando confrontado com o resultado negativo apresentado nas contas da SDUQ, foi contundente. 

«Os resultados do exercício 2013/2014 são catastróficos e colocam a SDUQ numa situação de falência técnica. O mínimo que seria exigível a uma gerência seria chegar aqui, à AG, e explicar porque é que tivemos um prejuízo superior a 2 milhões de euros. Se não o fizer, ninguém em consciência, aqui presente, poderá votar favoravelmente. Uma sociedade desportiva só é viável se conseguir apresentar mais-valias. Os números traduzem uma perspetiva. E o que estes números traduzem é uma total incapacidade desta gerência em gerar mais-valias. Não sou oposição a nada, defendo é uma Académica completamente diferente, com um projeto desportivo sustentável e não com estas contas que hoje estão a ser aqui apresentadas. Em face do que nos foi apresentado o mínimo exigível é que toda esta situação seja explicada. É urgente fazer alguma coisa pela nossa Académica», sublinhou.

Por outro lado, Salvador Manuel Arnaut, vice-presidente do clube para a área financeira, ressalvou que a Direção está atenta à situação e que, no futuro próximo, vai solucionar o caso. «As contas não me parecem um problema de difícil resolução, estamos a estudar a melhor solução, aquela que melhor servirá os interesses da Académica. Talvez um aumento do capital social. É uma situação que nos coloca nalgum desconforto contabilístico mas que têm solução», afirmou.

in abola 

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