15 de outubro de 2015

Nuno Oliveira preconiza destituição da Direcção da Briosa

O opositor de José Eduardo Simões por ocasião da respectiva eleição para quarto mandato consecutivo como líder da Académica/OAF, Nuno Teodósio Oliveira, considera “ultrapassados todos os limites” para a Direcção da Briosa poder continuar em funções, apurou, hoje, o “Campeão.
“O risco, para a instituição, de assistirmos, impávidos e serenos, à continuação deste rumo é, seguramente, inferior ao risco de se agir no intuito de resgatar a Académica para os sócios, devolvê-la à sua matriz e, com a ajuda de todos, iniciar um novo caminho”, opina o advogado em mensagem enviada a dezenas de associados do Organismo Autónomo de Futebol da AAC.
A destituição da Direcção da Académica/OAF por parte da Assembleia Geral (AG) vai ser preconizada por um grupo de sócios, como noticiou, em primeira-mão, o nosso Jornal.
O requerimento nesse sentido, já subscrito por dezenas de pessoas, será entregue, na próxima semana, ao presidente da Mesa da AG, Alfredo Castanheira Neves.
Os promotores da iniciativa evoluíram da pretensão de apear o líder do Organismo Autónomo de Futebol da AAC, José Eduardo Simões, para o propósito de destituição do elenco directivo.
A «queda» da Direcção requer que a proposta seja aprovada por maioria qualificada (dois terços), estando presentes em plenário de associados, pelo menos, cinco por cento das pessoas com direito a voto.
Tal quórum mínimo foi alcançado em sessão da Assembleia Geral efectuada a 19 de Fevereiro [de 2015], ocasião em que, num universo de 224 votantes, 155 (69 por cento) aprovaram uma moção de censura a Eduardo Simões.
Proprietária da Académica - Futebol SDUQ, que disputa a I Liga, a Académica/OAF elegeu os actuais órgãos sociais em Maio de 2014 para um mandato de três anos.
Nuno Oliveira descreve como “particularmente difícil” a actual fase da vida da instituição, exortando os sócios a “inverter o ciclo progressivo de declínio e descaracterização da Académica”.
O jurista estranha que a Direcção da Briosa “menospreze e desrespeite” quem, no começo de 2015, aprovou uma moção de censura a José Eduardo Simões.

“Daí para cá, decorreram vários meses sem que qualquer dos elementos da Direcção da AAC/OAF e da gerência da Académica - Futebol SDUQ assumisse uma posição pública, perante os sócios, concernente com a moção de censura reportada ao trânsito em julgado da decisão condenatória de José Eduardo por corrupção passiva”, assinala Nuno Teodósio Oliveira.
Acresce a tudo isto, segundo ele, “uma grave crise desportiva e financeira, que conheceu mais um episódio recente”, em sessão da Assembleia Geral do Organismo Autónomo de Futebol da AAC convocada para 29 de Setembro.
Nessa reunião, acentua o advogado, a Direcção não apresentou o relatório e contas, como estatutariamente lhe competia e como a Liga de Clubes impõe.
Na sequência de inquéritos abertos pela Polícia Judiciária, Simões, outrora director de urbanismo de Coimbra em simultâneo com a qualidade de dirigente do clube, foi acusado, pelo Ministério Público, de favorecimento de promotores imobiliários a troco de donativos para a Académica/OAF.
Para usufruir da suspensão da execução de uma pena de 15 meses de prisão, o antigo director municipal teve de entregar 50 000 euros à Acreditar, Associação de Pais e Amigos de Crianças com Cancro, e igual quantia à Sorriso, Associação dos Amigos do Ninho dos Pequenitos.
A 19 de Outubro [de 2015] (segunda-feira), pelas 21h30, no hotel Tryp, serão recolhidas as últimas assinaturas dos subscritores de um requerimento para convocação de uma sessão extraordinária da Assembleia Geral do Organismo Autónomo de Futebol da AAC, proprietário da Académica - Futebol SDUQ, apurou o “Campeão”.

in campeão das provincias 

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