21 de junho de 2016

«Nenhum treinador do mundo pode vir a pensar na manutenção» - Costinha

A cerimónia da apresentação oficial de Costinha como treinador da Académica decorreu na manhã desta terça-feira, na Sala de Troféus Vasco Gervásio, e depois no relvado do Estádio Cidade de Coimbra. Pediu o apoio de todos e disse que quer apostar na formação.

Já devidamente equipado com os cachecóis da Briosa e da Mancha Negra, Costinha – que esteve acompanhado pela sua equipa técnica, composta por Maniche e Sérgio Gaminha (adjuntos), Nuno Pinto (preparador físico) e Tozé Cerdeira (treinador de guarda-redes) começou por pedir apoios. 

Diz estar ciente da responsabilidade de treinar um clube com a dimensão da Académica e, como tal, promete uma dedicação total para fazer regressar os estudantes ao principal patamar do futebol português:

«Nenhum treinador do mundo pode vir para a Académica a pensar em jogar a manutenção. A Académica é uma Instituição muito grande, com uma tremenda história, e quem vem para aqui tem que saber o clube que vem treinar e os pressupostos que lhe são exigidos. Posso prometer total dedicação e um espírito de sacrifício enorme. Vamos lutar até à exaustão pela vitória em todos os campos. O amor que esta Direção teve tem que ser recompensado pelos sócios. Está na altura de remarmos todos para um só lado. A Académica está acima de tudo e vamos tentar recolocar o clube no lugar que merece. A segunda Liga é sempre competitiva, com muitas equipas declaradamente a lutar pela subida de divisão, com grandes treinadores e grandes plantéis. Permitam-me a imodéstia mas, sendo eu um treinador novo e com grande passado no futebol português redobra a ambição de ganhar. Ninguém quer perder para o ´rookie´… Vai ser uma competição extremamente difícil. O Rui Vitória diz que ´não fosse difícil não era para mim´, eu gosto das coisas difíceis e vamos à luta. Quero que este seja o ponto de partida para a minha longa carreira.»

Costinha

«Ministro? Neste momento sou apenas caloiro»
Um dos ícones que merecerá especial atenção de Costinha é a formação. «Não há nenhum clube em Portugal que consiga sobreviver sem a sua própria formação. É impensável que um clube com esta grandeza não tenha uma formação forte. Tem de ser um viveiro. Ministro em terra de estudantes? Sou um caloiro, neste momento. O ministro fica fora destas contas. Sou um caloiro com muita vontade. Com um bom professor sou um bom aluno e penso que aqui tenho ótimos professores», afirmou, visivelmente feliz com a nova aventura que terá pela frente.

Refira-se ainda que Paulo Almeida (presidente) e Pedro Roxo (vice-presidente para o futebol), estiveram ao lado de Costinha na Sala de Troféus, local onde marcaram também presença outros elementos da Direção da Académica. 

Na ocasião esteve também uma das grandes glórias da história da Briosa, Mário Campos, que foi convidado por Paulo Almeida a proferir algumas palavras. «O Costinha foi uma das grandes referências do futebol português e tem todas as condições para ser um grande treinador. É isso que queremos para o futuro da Académica», afirmou Mário Campos.

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